Ação da Operação Escudo deixa mais dois mortos e um ferido na Baixada Santista

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ações da Operação Escudo na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, deixaram mais dois mortos entre a noite de quarta (7) e a madrugada desta quinta-feira (8). A Folha apurou que as mortes aconteceram em São Vicente e Cubatão, e que um dos óbitos seria de um adolescente de 14 anos.

Ainda, uma pessoa teria ficado ferida durante as ações. Com isso, as mortes nessa fase da Operação Escudo, deflagrada na última sexta-feira após a morte do soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) Samuel Wesley Cosmo, chegam a nove.

Na manhã de quarta, um policial militar morreu e outro ficou ferido em confronto durante uma ação policial em Santos. A cidade faz parte da área sob nova fase da Escudo desde a morte de Cosmo, atingido durante patrulhamento na cidade.

A escalada de violência é acompanhada pela cúpula de segurança, e a Polícia Militar, segundo apurou a Folha, está em estágio de sobreaviso. Na mesma troca de tiros em que o cabo José Silveira dos Santos morreu, um homem foi baleado e levado para um hospital da região. Outro morreu, segundo a SSP, após pular do quarto andar de um prédio.

Na noite de quarta, o secretário da Segurança Pública do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), Guilherme Derrite, afirmou em um vídeo publicado nas redes sociais que os dois suspeitos envolvidos na ocorrência haviam sido presos em 2019 por tráfico e por terem atirado contra policiais civis.

Beneficiados pela saída temporária, a saidinha, não teriam voltado ao presídio. “Temos que defender o instituto do cumprimento integral de pena no Brasil”, afirmou Derrite.

A ocorrência se soma a uma série de atentados contra policiais militares desde o início do ano na Baixada Santista.

Somente entre o final de janeiro e início deste mês, dois policiais foram mortos na região e um outro ficou ferido numa troca de tiros com criminosos durante a Operação Escudo.

Já entre os civis mortos está o catador de lixo José Marcos Nunes da Silva, 45. Ele foi atingido por policiais militares no barraco onde morava havia cerca de dez anos na favela de Sambaiatuba, em São Vicente. Vizinhos contam que escutaram os gritos de Silva implorando pela vida momentos antes de ser alvejado.

Três filhas, o genro e a ex-mulher da Silva moram na mesma favela. Uma filha e a ex-mulher contam que ouviram disparos e foram avisados por vizinhos sobre os gritos de socorro, na madrugada de sábado (3).

No ano passado, a primeira fase da Operação Escudo do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) deixou 28 mortos no litoral de São Paulo após a morte do soldado da Rota Patrick Reis em Guarujá.

Redação / Folhapress

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