SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O resgate de um cavalo ilhado sobre um telhado na cidade de Canoas (RS) em decorrência das enchentes que atingem o Rio Grande do Sul foi transmitido ao vivo por TVs do país e acompanhado por internautas, artistas e influenciadores.
O animal, apelidado de Caramelo na internet, recebeu torcida nas redes sociais. O cavalo ocupava o único espaço da estrutura que não havia sido atingido pela água e mantinha-se equilibrado com certa dificuldade.
Em meio à comoção surgiu a dúvida: cavalos sabem nadar? Segundo o veterinário Antonio Marquesim, a resposta é sim, sabem nadar. Também são capazes de dormir em pé, ainda de acordo com o profissional.
O veterinário afirma que, com o devido preparo físico, os equinos conseguem nadar longas distâncias. Porém, sob estresse, sem comer ou beber água por dias, como foi o caso de Caramelo, a habilidade pode ficar prejudicada.
“Muito usados para montaria, os cavalos conseguem atravessar a água até transportando uma pessoa. Mas, caso esteja exausto ou debilitado, não terá estabilidade, o que pode resultar em hipotermia ou até afogamento.”
Além disso, caso o animal tivesse contato com a enchente, poderia ter mais problemas de saúde. “Com o organismo enfraquecido, os parasitas desses animais teriam mais possibilidade [de agir] por causa da baixa resistência.” O importante agora, diz o especialista, é garantir a ele alimentação e ambiente adequados.
O salvamento de Caramelo mobilizou personalidades e autoridades do país, e a hashtag #SalvemOCavaloDeCanoas passou a circular nas mídias digitais.
De acordo com a equipe veterinária que cuida de Caramelo, o animal está recuperado da anestesia geral que recebeu no momento do resgate e já se alimentou.
Redação / Folhapress