SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O estado de São Paulo atingiu a marca de 668 mortes por dengue, segundo dados do painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde desta sexta-feira (10).
Em relação aos casos, já foram registrados 995.106 casos confirmados da doença. Só na capital são 304.746. Há, ainda, 790 mortes em investigação.
Os casos de dengue leve são 982.516, enquanto aqueles com sinal de alarme são 11.375. Já os casos graves somam 1.215.
Alguns dos sinais de alarme são: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, queda de pressão arterial, aumento do tamanho do fígado, letargia ou irritabilidade, acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico), aumento progressivo do hematócrito e hipotensão postural (tontura ao levantar).
A cidade de São Paulo registrou o maior número de mortes por dengue, alcançando 122 óbitos, seguida por São José dos Campos (106), Jacareí (53) e Guarulhos (49).
O número de mortes pela doença na cidade de São Paulo ultrapassa o número registrado nos últimos 17 anos. Desde o início da série histórica, em 2007, até 2023, a capital paulista registrou, no total, 71 óbitos por dengue, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.
Na série história da prefeitura de São Paulo, foram registrados mortes por dengue no município em: 2007 (3); 2011 (1); 2012 (2); 2013 (2); 2014 (14); 2015 (25); 2016 (8); 2019 (3); 2020 (1); 2022 (2); e 2023 (10).
Na última segunda-feira (6), todos os distritos da cidade de São Paulo registraram um aumento na incidência de dengue em relação à semana anterior, segundo boletim divulgado pela prefeitura. Até em regiões com menores ocorrências, como Moema e Jardim Paulista, houve um aumento considerável de casos.
Jaguara e São Miguel, distritos com as maiores taxas, também apresentaram crescimento. O aumento pode ser associado ao adensamento populacional e às altas temperaturas na cidade, reforçado por uma massa de ar quente e seco que aumentou as temperaturas no estado. Apesar disso, as chuvas ficaram abaixo da média para o mês.
Ainda que os números sejam altos, há tendência de queda em 21 estados e no DF, segundo anunciou o Ministério da Saúde na última terça (7). Há estabilidade em quatro estados, Ceará, Maranhão, Pará e Tocantins, enquanto apenas o Mato Grosso continua com uma tendência de aumento.
Segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde desta sexta, o país registra 4.574.487 casos prováveis e 2.409 mortes por dengue neste ano. Além da importância da vacinação, a eliminação dos criadouros do mosquito ainda é a medida mais eficaz na prevenção da dengue.
Medidas simples, como cobrir caixas d’água e outros recipientes, limpar recipientes de água de animais de estimação, e vedar ralos e pias, são essenciais nesse processo e podem ser facilmente incorporadas à rotina.
Redação / Folhapress