SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Ministério Público do Rio de Janeiro deflagrou nesta quinta-feira (25) uma operação contra integrantes de uma milícia, entre eles estão policiais civis e militares.
Cinco suspeitos já foram presos, um policial militar e quatro apontados como milicianos. No total, foram expedidos 12 mandados de prisão e oito mandados de busca e apreensão contra membros de uma milícia que atua na comunidade Bateau Mouche, em Jacarepaguá.
16 pessoas foram denunciadas por associação criminosa e extorsão a comerciantes, ambulantes e mototaxistas, além de corrupção ativa. A investigação descobriu ”extensa rede criminosa” por meio de áudios mostrando cobranças de taxas, compra de material bélico e pagamento de propina a policiais militares e civis.
Dois policiais militares e um policial civil estão entre os alvos da operação. Eles foram suspensos de suas funções públicas, tiveram bens sequestrados e bloqueio de valores das contas. Os agentes contribuíam com a manutenção das atividades milicianas e até forneciam armas e uniformes aos criminosos.
A milícia mantinha envolvimento com PMs para ter informações privilegiadas. A relação com policiais civis servia para que não fossem “incomodados” na realização de suas ações criminosas com eventuais investigações e prisões em flagrante. Periodicamente, um pagamento aos agentes era feito.
O policial civil denunciado atuou na milícia até 2021. Ele, então, foi desligado do grupo e passou a fazer parte da ”Milícia do Zinho”. A corporação informou ao UOL que irá instaurar um processo administrativo disciplinar.
Outro alvo é um homem que se passa por policial civil. Ele fica em delegacias utilizando arma, uniforme e distintivo, além de participar de operações em viatura oficial. O denunciado tem contatos com diversas unidades policiais. A Polícia Civil disse que será apurado a conduta do intruso.
Redação / Folhapress