Não sinto saudades de fazer humor, diz Rodrigo Fagundes, ex-Zorra Total

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Gigi Góis de Macedo é o caçula da família quatrocentona de “Volta por Cima”, que vem conquistando os telespectadores na novela das 19h, da Globo. Escalado para interpretar o personagem, Rodrigo Fagundes ri com prazer ao descrever a conexão com Betty Faria e Drica Moraes. “Nunca tinha trabalhado com as duas, e foi uma coisa tão imediata, tão verdadeira, que reflete nas cenas.”, diz o ator.

Noveleiro assumido, Rodrigo não esconde a admiração por Betty —um encantamento que ele herdou de sua mãe, Lourdes, morta há três anos em decorrência da Covid. “Ela era cabeleireira, e cresci com as fotos da Betty no salão. Também tinham imagens da Drica”, conta o ator, que está completando 23 anos de carreira. “Nunca tive um plano B. Cheguei a me formar em Publicidade, mas sempre quis atuar.”

“Volta por Cima” é a décima novela do ator, que é mais lembrado por seus papéis em programas humorísticos, como o Patrick, dono do bordão “Olha a faca!” de Zorra Total. “A comédia aconteceu na minha vida. Foram 10 anos. Adoro, aceito e recebo quando me chamam de humorista, comediante, mas eu queria tanto fazer novelas, sabe?”.

“Não sinto saudade de fazer humor, mas a gente nunca sabe os caminhos que a vida nos leva. O que eu queria mesmo era fazer a Maria de Fátima no remake de ‘Vale Tudo'”, brinca.

Sem poder adiantar muito sobre a trama de Claudia Souto, Rodrigo avisa que Gigi vai se aproximar de Roxelle (Isadora Cruz). A moça usará o mais novo amigo para provocar ciúmes em Chico (Amaury Lorenzo), apresentando-o como namorado. “Vão ser cenas divertidíssimas”, promete.

Casado há 21 anos com o roteirista Wendell Bendelack, um dos autores da novela Volta por Cima, ele explica que os dois optaram por não esconder (nem expor) o relacionamento, até alguns anos atrás.

“Sempre fomos discretos, mas a gente ouvia tantas bobagens sobre gays que decidimos abrir mais sobre nossa intimidade. Foi um jeito mesmo de levantar a bandeira contra essa loucura de tratar os homossexuais como desvio. Não cabe mais isso.”

ANA CORA LIMA / Folhapress

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