SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O velório do dramaturgo Zé Celso, morto na quinta-feira aos 86 anos, foi marcado por uma série de homenagens. Os versos “meu cavalo tá cansado, meu cavalo quer voar/ Atuar, atuar, atuar para poder voar” ecoaram no Teatro Oficina durante a cerimônia, entoado pelos atores da companhia e por amigos e fãs do dramaturgo.
O trecho, simbólico da história do teatro situado no Bexiga, no centro de São Paulo, vem da montagem de “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, de 2002, ano em que se celebrou o centenário da obra. Na montagem, Zé Celso interpretou Antonio Conselheiro, líder messiânico que liderou a Guerra de Canudos.
O samba-enredo “Quatro Séculos de Paixão-História do Teatro Brasileiro”, da escola carioca Unidos de Vila Isabel lançado em 1975 –época em que o Brasil amargava na ditadura militar– e assinado por Tião Graúna e Arroz, também foi uma das canções lembradas na cerimônia.
Zé Celso morreu em decorrência de um incêndio em sua casa no Paraíso, em São Paulo, na madrugada de terça-feira
Redação / Folhapress