Usuário de Ozempic compra menos comida que a média, diz Walmart

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Usuário de Ozempic compra menos comida que a média, diz Walmart; e o que mais importa no mercado.

*USUÁRIOS DE OZEMPIC COMPRAM MENOS COMIDA, DIZ WALMART*

O Walmart, gigante do varejo americano, já percebe que o consumo de comida dos usuários de medicamentos inibidores de apetite, como o Ozempic e o Wegovy, diminuiu quando comparado com o resto dos consumidores.

Quem disse foi o CEO da operação americana da companhia, John Furner, em entrevista à Bloomberg nesta quarta.

São compras de “menos unidades, ligeiramente menos calorias” em comparação ao resto dos consumidores, ele afirmou.

Entenda: a semaglutida (outro nome desses medicamentos) desempenha algumas ações no organismo que colaboram na perda de peso. Uma delas é aumentar a sensação de saciedade e reduzir o apetite.

Como o Walmart vende esses produtos em suas farmácias, ele consegue comparar os hábitos de consumo de quem está tomando o medicamento com quem não está. Os dados são tratados de forma anônima.

No Brasil, o Wegovy é indicado para o tratamento de sobrepeso e obesidade. Ele tem o mesmo princípio ativo do Ozempic, indicado para diabetes tipo 2 e que também tem aprovação no país.

Ambos são produzidos pela dinamarquesa Novo Nordisk, que vê uma explosão na demanda pelos produtos.

Não foi só o Walmart que se pronunciou sobre o impacto de Ozempic, Wegovy e semelhantes nos hábitos de consumo da população.

Um relatório do banco britânico Barclays de terça (3) apontou que a alta demanda pelos medicamentos pode prejudicar as vendas de redes de fast food, de fabricantes de salgadinhos, refrigerante e álcool e até de empresas que vendem cigarros.

Os analistas também disseram que o efeito pode ser o contrário em outros setores, como o de saúde. Estariam entre as beneficiadas as redes de farmácias e as operadoras de planos de saúde.

*SENADO APROVA MERCADO REGULADO DE CARBONO*

O Senado aprovou nesta quarta o projeto de lei que regula o mercado de crédito de carbono.

O texto que teve aval da Comissão de Meio Ambiente agora vai direto para a Câmara –a não ser que um requerimento de um senador seja aprovado exigindo que ele passe pelo Plenário.

Entenda: o projeto cria um mercado de carbono de forma oficial, com regras e punições para empresas emissoras de 10 mil toneladas de gás carbônico ou mais.

Hoje só existe no país um mercado voluntário, em que as empresas optam por aderi-lo muitas vezes para prestar contas a acionistas ou controladoras de fora.

Como vai funcionar: um comitê formado por representantes dos governos e das empresas irá conferir se as empresas participantes do mercado regulado estão cumprindo as metas estabelecidas para redução de emissões.

As companhias que não atingirem os objetivos têm a opção de comprar créditos de carbono de quem superou a meta.

Os cálculos só serão determinados dois anos após a aprovação do texto e só passarão a valer de fato três anos depois disso, já que esse intervalo funcionará como teste.

E quem descumprir? O não atingimento de metas ou não apresentação dos relatórios periódicos de emissões pode causar multa de até 5% no faturamento bruto da empresa.

Agro de fora: houve acordo entre o governo e a bancada ruralista para o setor não ser inserido no mercado regulado. O argumento é de que é assim que funciona em outros países no mundo.

O setor. porém, é o que mais emite gases de efeito estufa no país, e especialistas dizem que sua ausência diminui o potencial do projeto aprovado.

Mesmo ficando de fora, estudo do Banco BV e da startup Deep aponta a pecuária como a mais impactada pela cobrança sobre créditos de carbono.

*O COLOMBIANO QUE DESAFIOU A APPLE*

Um engenheiro colombiano virou tema de preocupação na Apple depois que suas publicações consertando aparelhos da maçã passaram a viralizar nas redes sociais.

Com mais de 5 milhões de seguidores no TikTok e 6,5 milhões no Facebook, Wilmer Becerra tem uma rede de assistência técnica presente em nove países da América Latina.

Ela ainda não está no Brasil por causa do idioma, ele disse.

Dono da Wiltech, Wilmer Becerra posa em frente a equipamentos usados em reparos de smartphones. Becerra é um homem de ascendência indígena, veste camiseta preta, com logo da WilTech, e um boné branco.

Por que a Apple encrencou: a fabricante questionou o colombiano sobre as peças que ele usa para consertar os iPhones, disse o engenheiro em um de seus vídeos.

Ele respondeu à fabricante que os itens eram de lojas autorizadas nos EUA, citando como argumento a lei de direito ao reparo do país. Ele afirmou que ela obriga empresas a entregar manual dos aparelhos e fabricar peças sobressalentes.

O caso repercutiu, e a Apple, então, mandou novo comunicado, no qual afirmou que não promoveria nenhuma medida, desde que Wilmer deixasse de exibir o logo da maçã em seus vídeos.

Ela também o convidou para ter uma assistência técnica autorizada, convite que foi negado porque Becerra afirma ser uma diretriz da fabricante não fazer reparos de peças com defeito, e sim trocá-las, o que limita o serviço.

Direito de reparo: a ideia de seus defensores, entre eles a turma do faça-você-mesmo, é ampliar a vida útil dos aparelhos e evitar o que eles chamam de obsolescência programada, que gera acúmulo de lixo eletrônico.

As empresas têm um pé atrás e usam como argumentos a cibersegurança e a prevenção à pirataria, enquanto apostam em seus programas de recompra de aparelhos com defeitos para reciclá-los.

A legislação brasileira não cita o direito ao reparo, nem há precedente judicial sobre tal garantia.

Por falar em Apple, a fabricante lançou nesta quarta uma atualização de software para resolver um problema de superaquecimento nos recém-lançados iPhone 15.

SARAIVA PEDE FALÊNCIA

Em recuperação judicial, a rede de livrarias Saraiva protocolou um pedido de autofalência na Justiça de São Paulo.

Agora cabe ao juiz determinar o fim das atividades da companhia.

O que explica: a Saraiva disse que não consegue mais pagar contas, fornecedores, nem remunerar empregados, e que não possui horizonte para a superação da crise econômico-financeira.

A empresa entrou em recuperação judicial em novembro de 2018, com dívidas declaradas de cerca de R$ 675 milhões.

Com o mercado editorial em transformação, a empresa não conseguiu se reestruturar desde então, até que no mês passado demitiu os funcionários, fechou todas as lojas físicas e passou a operar só no online.

E agora? Caso o pedido de falência seja aceito, os pagamentos aos credores seguirão ordem prevista em lei:

Créditos trabalhistas, limitados a 150 salários mínimos (R$ 198 mil) por credor, têm preferência.

Depois vêm os créditos com garantia real, os tributários, os créditos quirografários (sem direto real de garantia), as multas contratuais e penas pecuniárias, bem como os créditos subordinados.

ARTUR BÚRIGO / Folhapress

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