SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O volume de chuvas no Rio Grande do Sul deve pode aumentar 60% até o 2040, segundo um estudo realizado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgado em novembro de 2023.
[Os dados fazem parte do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil. O relatório diz que o Rio Grande do Sul, por exemplo, onde mais de cem pessoas morreram devido às chuvas que devastaram boa parte do estado, algumas cidades devem ter elevação considerável no volume pluviométrico.
Estudo considera informações de 2011 a 2040. A região leste entre os estados de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul deve sofrer com chuvas extremas, conforme previsão do relatório.
Os eventos pluviométricos extremos estão diretamente relacionados a desastres como alagamento, enxurrada, inundações, granizo, tornados, vendavais e ciclones (são considerados um de seus principais fatores deflagradores). Trecho do estudo
Chama a atenção o aumento eventos extremos de precipitação na costa da região Norte até o litoral de Pernambuco e isoladamente a região metropolitana de Salvador, na Bahia. Na Região Sul do Brasil, a área onde ocorrerá os maiores aumentos será na porção Leste entre os estados de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.
O relatório aponta ainda para mostra o aumento da precipitação acumulada anual na porção sul da região Sul do Brasil e na região costeira do Nordeste brasileiro. Já as regiões entre o sul de Tocantins e Bahia e o norte de Goiás e Minas Gerais há tendência de diminuição desse acúmulo de chuvas.
CHUVAS DEIXARAM MAIS DE CEM MORTOS NO RS
Há 116 óbitos e 756 feridos no estado, segundo a Defesa Civil. O órgão ainda investiga se uma morte registrada durante o período das chuvas tem relação com as enchentes.
Desalojados e desabrigados somam mais de 400 mil. Há 337.346 pessoas fora de casa e outras 70.772 em abrigos, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil às 12h desta sexta-feira (10).
Dos 497 municípios do estado, 437 foram afetados pelas chuvas, que atingem 1,9 milhão de pessoas. Há pelo menos 163 mil casas sem energia elétrica e outras 385 mil pessoas sem água em casa.
Redação / Folhapress