Ed Sheeran depõe em julgamento que avalia se cantor plagiou Marvin Gaye

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O cantor Ed Sheeran testemunhou na corte americana nesta terça-feira (25), em processo no qual é acusado de plagiar o músico Marvin Gaye. O julgamento é movido pelos herdeiros de Ed Towsend, produtor que co-escreveu com Gaye a música “Let’s Get It On”, de 1973.

A acusação alega que a canção “Thinking Out Loud” teria semelhanças impressionantes com a faixa composta por Towsend. Lançada por Sheeran em 2014, a faixa foi a primeira da história a ultrapassar a marca de 500 milhões de reproduções no Spotify.

A manobra, caso comprovada, fere a lei dos direitos autorais.

No julgamento, Sheeran disse que ele e Amy Wadge, co-autor de “Thinking Out Loud”, compuseram a música com base em suas próprias experiências. A canção versa sobre um amor formado durante a vida, que segundo a dupla tem relação com a afeição que tem por seus respectivos avôs.

Sheeran também alegou que a primeira vez que ouviu “Let’s Get It On” aconteceu quando assistiu ao filme “Austin Powers: 000, um Agente Nada Discreto”, de 1997.

A acusação tem como maior argumento um vídeo de 2015 em que Sheeran, durante um show, canta uma versão de “Thinking Out Loud” que usa elementos de “Let’s Get It On”. O registro, feito por um fã e postado no YouTube, é visto pelo advogado dos herdeiros de Towsend como uma confissão do artista sobre o crime.

Já o cantor disse no julgamento que a combinação é natural em apresentações e que muitas músicas pop usam uma mesma combinação de notas.

“A maioria das canções pop pode ser encaixada uma em cima das outras. Eu só estou mixando uma música com outra”, afirmou.

Sheeran afirmou ainda que “Thinking Out Loud” lembra também o estilo do cantor Van Morrison, e que constatou isso durante a gravação da música. Ele diz que tomou café da manhã e formou amizade com o artista pouco depois de lançar a faixa.

Ed Sheeran foi interrogado apenas pelos advogados da acusação nesta terça. A defesa dispensou o réu, mas afirma que vai chamá-lo de novo para depor no processo.

Redação / Folhapress

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