Petrobras reduz preço do querosene de aviação em 9,1% e diz avaliar cenário para gasolina

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (26) corte de 9,1% no preço do QAV (querosene de aviação), já como resposta à queda das cotações internacionais do petróleo nas últimas semanas.

A presidente da companhia, Magda Chambriard, disse que continua avaliando o cenário e que gasolina e diesel serão reduzidos “na hora que a gente entender que cabe”.

O mercado de petróleo vem derretendo nos últimos dias, em reação ao aumento dos estoques dos Estados Unidos em um cenário de pouca expectativa de crescimento da demanda. Por volta das 12h desta quinta, o barril do tipo Brent caía mais de 2%.

“É um trabalho permanente [de avaliação dos preços]”, afirmou Magda em entrevista no Rio de Janeiro. “Na hora em que a gente entender que cabe [redução], faremos.”

A estatal já vem operando há semanas com prêmios sobre as cotações internacionais da gasolina e do diesel, o que abre espaço para importação dos produtos por terceiros e gera no mercado expectativa de que os preços internos serão reduzidos em breve.

Na abertura do mercado desta quinta, a gasolina era vendida pelas refinarias da estatal R$ 0,10 por litro mais cara do que a paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). No diesel, o prêmio era de R$ 0,14 por litro.

Magda afirmou que a Petrobras está atenta à competição com outras empresas e trabalhará para manter sua fatia de mercado. “Nós vamos ocupar todo o espaço que nos for possível”, disse. ” Se a gente enxergar espaço para redução [de preços], vamos reduzir.”

Cortes nos preços dos combustíveis ajudariam a reduzir a pressão inflacionária, hoje impulsionada pela alta na conta de luz para bancar térmicas e ajudar a poupar água nos reservatórios das hidrelétricas. A estatal defende, porém, que toma decisões técnicas e não baseadas em fatores externos.

Na terça (24), o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, disse que a empresa ainda via grande volatilidade no mercado internacional de petróleo, em uma indicação de que a companhia não planejava mudanças nos preços dos combustíveis.

Ele lembrou ainda que o preço do diesel costuma subir no mercado internacional no segundo semestre, com a formação de estoques para o inverno no Hemisfério Norte e a redução da oferta russa, com a safra naquele país.

NICOLA PAMPLONA / Folhapress

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