15 de outubro – “Professor é profissão. Educador é missão” (Samuel Becker).
Dia 15 de outubro comemora-se o Dia do Professor, em todo o Brasil, nessa data mais especificamente no ano de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Teresa de Ávila), Pedro I, Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava basicamente da descentralização do ensino, do salário dos professores, das matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até sobre como os professores deveriam ser contratados.
Já em 1947, o professor paulista Samuel Becker teve a ideia de transformar a data em feriado e iniciou a tradição de homenagear os professores no dia 15 de outubro, em referência ao decreto de D. Pedro I.
Esse dia além do descanso, serviria como uma data para analisar os rumos do restante do ano letivo, que nessa época o segundo semestre ia de 1 de junho até dia 15 de dezembro com apenas 10 dias de férias.
Sua ideia foi muito bem aceita pela sociedade e seu discurso ficou famoso pela frase: “Professor é profissão. Educador é missão”.
Em 14 de outubro de 1963 pelo Decreto Federal 52.682 foi oficializado nacionalmente como feriado escolar o dia 15.
O Decreto definia: “Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias”.
Na mesma linha do professor Becker venho através deste artigo muito além de comemorar e celebrar essa data histórica, fazer também essa reflexão sobre os rumos da educação que é papel de todo nós de certa forma.
Apesar de nós, professores, estamos ganhando abaixo do piso salarial, sem reajuste salarial, escolas sem laudo de bombeiros, inclusive em Ribeirão Preto que passa de 98% nessas condições, infraestrutura inadequada, salários defasados e o aprendizado dos alunos em risco com a principal fonte de recursos da educação no Brasil, o Fundeb, terminando ano que vem.
Ainda assim, temos a resistência e luta pela educação pública pelos nossos maravilhosos e queridos educadores, que fazem a diferença nesse cotidiano adverso, inspirados por Paulo Freire que nos ensinou que é preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera.
E nesse esperançar, acreditamos que outros “felizes 15 de outubro” venham, onde a nobre profissão de professor e missão de Educador, seja de fato valorizada pelo Estado, com dignas condições de trabalho, salários e Educação Pública de qualidade.
É o que desejo a todos Professores e Professoras de nosso País.