Uma motociclista de 30 anos ficou gravemente ferida depois de ser atropelada por um trenzinho infantil, no início da tarde deste domingo em Ribeirão Preto. A mulher segue internada em estado grave. A Polícia Civil investiga o caso.
O acidente aconteceu por volta das 13h no cruzamento das ruas Javari e Guaporé, no bairro Ipiranga, um dos mais tradicionais da cidade. A reportagem apurou que o trenzinho levava torcedores de uma equipe de futebol do bairro e comemorava uma vitória no campeonato amador da cidade.
Vídeos feitos por populares mostram que Michele Aparecida Roque conduzia sua motocicleta à direita do trenzinho quando o veículo fez uma conversão à direita, sem sinalizar, e acabou atingindo a moto.
A mulher demorou alguns segundos para perceber a movimentação e chegou a parar a motocicleta, mas, com a conversão do trenzinho, a vítima ficou retida embaixo da roda dianteira do veículo, que só parou quando o motorista foi avisado da colisão por pessoas que viram o acidente.
“Foi um inferno, muita gritaria. Acho que se o pessoal que estava jogando bola não entra na frente tinha sido ainda pior”, disse Olívia Siqueira Sales, 28, que estava no trenzinho no momento do acidente.
Estado de saúde
Segundo o Corpo de Bombeiros, que participou do resgate, a motociclista teve o pé decepado e foi levada à Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE). O hospital informou que ela passou por cirurgia na noite de ontem e que segue em estado grave.
Segundo Cleonice Roque, mãe da vítima, por pouco não aconteceu o pior. “Ela queria salvar a moto. Só não matou ela por causa do povo, que começou gritar e o motorista parou”, disse. “A cirurgia já foi feita, o pior já passou. Ela perdeu o pé, mas está conversando, graças a Deus está bem”, disse.
Outro lado
Tony Leme, que dirigia o trenzinho, dono da Trem Trio Balada 2020, emitiu nota se manifestando sobre o caso na qual nega responsabilidade e afirma que está à disposição da família. Já o coronel Antonio Carlos Muniz, que responde pelo setor de Fiscalização Geral da Prefeitura de Ribeirão Preto, a empresa está legalizada. “Aqui, é preciso de um laudo, assinado por um engenheiro, que se responsabiliza pela adptação do veículo. Além disso, é preciso registrar o trenzinho modificado nos órgãos de trânsito para, depois, fazer o cadastro e receber a autorização municipal de funcionamento”, explicou.