Em uma reunião que contou com a mesma emoção de um jogo de bocha, a Câmara de Ribeirão realizou, nesta terça-feira (29), mais uma sessão ordinária. Entre as propostas, nada que tenha grande relevância para a cidade. Com a pauta esvaziada, o que salvou a lavoura foi a conversa com os vereadores e a animação dos bastidores. O corneta esteve lá e ralou, mas conseguiu trazer algumas notas curiosinhas sobre a sessão e sobre os parlamentares. Confira!
SUBIU NO TELHADO
Cada vez mais difícil a situação da candidatura do democrata Fabiano Guimarães à presidência da Casa de Leis. No Legislativo, já é dado como certo que ele não será o próximo comandante da Casa. Resta saber quem será o candidato que irá derrotá-lo. Nos bastidores, ganha cada vez mais força o nome de Linconl Fernandes (PDT), atual presidente. Que não declara, por enquanto, interesse e disposição para um segundo mandato.
TRAIÇÃO
A conferir, agora, quem irá assumir o ônus de quebrar o acordo, costurado há mais de um ano, que deu o mandato ao pedetista. Pela ordem, seria a vez de Fabiano, e há uma foto de vereadores apertando as mãos que comprova o acerto. Para haver um outro presidente, a traição terá que se manifestar. Ressalte-se, entretanto, que, na política, a traição às vezes custa caro. Qual o preço? Não se sabe ainda. Mas esse movimento terá cenas dos próximos capítulos.
ENTRA E SAÍ
O vereador Waldyr Vilela (PSD) retirou, mais uma vez, um projeto de sua autoria que iria a votação na sessão desta terça. Foi criticado por pelo menos dois colegas, que afirmaram que é comum o vereador apresentar propostas, pedir urgência e depois retirar o projeto. Nessa semana, a proposta obrigava que as imobiliárias designassem funcionários para acompanhar a visita a imóveis para venda e locação. Alegou que é preciso uma audiência pública para estudar o caso. No mínimo, mostra um certo despreparo.
UBER NA MIRA
Maurício Gasparini (PSDB) aproveitou os microfones da Câmara para protestar contra as operadoras de transporte Uber e 99. Segundo o vereador, as empresas querem jogar “mais de 7 mil trabalhadores contra a Câmara e contra a prefeitura”, por não cumprir o decreto municipal que regulamenta o tema. Em um discurso duro, criticou o fato de as empresas não fazerem o cadastro, determinado na regulamentação sobre os aplicativos de transporte.
DESCUMPRIMENTO
Fabiano Guimarães (DEM) afirmou, ainda, que recebeu informação de que a Uber e a 99 avaliam que o decreto que regulamenta o transporte de aplicativo na cidade é inconstitucional e que as empresas teriam orientado seus motoristas para que descumprissem o regulamento. Luciano Mega (PDT) concordou e sugeriu: “Temos que procurar o Ministério Público”. O corneta acha que já passou da hora.
TO AQUI, TIO!
Há algumas semanas, Adauto Marmita (PL),em tom de brincadeira, cobrou o corneta: “você nunca coloca nada de mim na coluna”. Pois bem, vereador, chegou o tão sonhado dia! O vereador abriu espaço para Carlos Cezar, pai de uma filha com um problema psiquiátrico, e chamou a atenção para a falta de estrutura e atendimento da prefeitura nesse setor.
CRÍTICA
Marmita afirmou que há falta de médicos e remédios nos postos de saúde para quem tem problemas psiquiátricos. “Está faltando médico, remédio, está faltando tudo. Não pode faltar remédio, é um desamparo”,disse o vereador, que prometeu ainda convocar o secretário da Saúde para prestar esclarecimentos. “Vou conversar, se ele não se sensibilizar, espero contar com o voto de todos para convocar”, disse. O corneta concorda 100%.
TROCA DE CADEIRAS
Minutos antes do início da sessão, Orlando Pesoti (PDT, por enquanto) aproveitou o plenário quase vazio para trocar de cadeira com o João Batista. “Toda sessão é isso, esse padre rouba minha cadeira”, brincou o parlamentar.
EU APOIO
O corneta entende. Trocar a cadeira das pessoas é uma coisa seriíssima, em especial quando a pessoa em questão tem algumas dezenas de quilos a mais. Não é o caso de Pesoti, mas é o caso do corneta. Minha solidariedade.