O fisioterapeuta Marcos Eduardo Giacomini procurou a Polícia Civil de Ribeirão Preto nesta sexta-feira (24) para denunciar que o filho dele, de 12 anos, teria sido constrangido por um professor de história da Escola Municipal Eduardo Romualdo de Souza, na Vila Virgínia. Segundo o rapaz, o episódio teria acontecido durante uma conversa sobre o presidente Jair Bolsonaro (PSL) em sala de aula, na tarde desta quinta (24).
“Meu filho estava conversando com uma amiga sobre o Bolsonaro e, ao ouvir o debate entre os dois, esse professor se intrometeu e disse para a garota mandar o amigo calar a boca”, afirma.
Depois disso, ainda de acordo com a versão apresentada pelo pai, o menino teria respondido ao professor que “se ele tivesse ideias políticas melhores, poderia ter se candidato à presidência”.
“Com a resposta, o professor fez uma votação para saber quais alunos eram a favor e contra o presidente. Em seguida, ele chamou o meu filho de moleque e afirmou que a criança estava proibida de frequentar aquelas aulas, por ter mencionado o nome de Bolsonaro”, completa o fisioterapeuta.
Pelo Boletim de Ocorrência registrado sobre o caso, a Reportagem também teve acesso à informação de que essa discussão teria acontecido no fim aula e que o estudante teria pedido para ir embora, já que teria ficado com dor de cabeça.
O pai conta que decidiu levar os relatos da criança até a delegacia porque pretende tomar as providências para que “professores saibam distinguir conteúdo de opinião pessoal”.
Procurada para comentar ou apresentar um possível outro lado do caso, a Secretaria Municipal de Educação ainda não se pronunciou.