A Prefeitura de Ribeirão Preto decidiu repensar e acabou retirando o projeto de lei que pretendia limitar o acesso gratuito de pessoas com deficiências ao transporte público coletivo. Como divulgado em primeira mão pelo Grupo Thathi, o plano até chegou a entrar na pauta da sessão da Câmara desta terça-feira (12), mas com a retirada, não foi nem votado.
A ideia do executivo era fazer com que o benefício da gratuidade fosse previsto apenas para os usuários que, além do quadro médico, comprovassem viver em uma família com renda de até um salário mínimo por pessoa, ou estivessem cadastrados no SUAS (Cadastro Único para os Programas Sociais do Governo Federal). Criticada, mesmo com algumas exceções, ela não agradou moradores e vereadores da cidade.
Um exemplo é o testemunho da dona de casa Greter Mara de Paula Silva, mãe de uma adolescente de 16 anos que depende de cadeira de rodas. “Em casa, por exemplo, não teríamos direito à gratuidade. Os gastos com a minha filha são muito altos e é praticamente impossível separar uma parcela do orçamento para locomoção”.
Nas redes sociais, muitos internautas também não se conformaram com a iniciativa e reclamaram da atitude do governo do prefeito Duarte Nogueira (PSDB).
Questionada para explicar o porquê da retirada, a Prefeitura ainda não se pronunciou.