RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Jorge Sampaoli iniciou sua trajetória no Flamengo apostando em homens de sua confiança e que vivem momento instável no clube: Marinho, Vidal e Gerson.
O técnico argentino já trabalhou com o trio em outros momentos da carreira: com Marinho, no Santos; com Vidal, na seleção chilena; e com Gerson, no Olympique de Marselha (FRA).
Marinho e Gerson viveram grandes momentos sob o comando de Sampaoli, e Vidal foi campeão da Copa América com o treinador, em 2015.
Marinho foi a principal surpresa do time titular do Flamengo na estreia de Sampaoli, na vitória por 2 a 0 sobre o Ñublense, pela Copa Libertadores. O jogador não vinha sendo muito aproveitado por treinadores anteriores e, por diversas vezes, cogitou-se a saída do meia do Rubro-Negro.
Gerson retornou ao Flamengo no início da temporada com o status de contratação mais cara da história do clube, mas ainda não apresentou o mesmo futebol de 2019 e nem do período de Olympique de Marselha com o próprio Sampaoli.
O técnico argentino viveu uma relação de altos e baixos com Vidal na seleção chilena, e não escondeu seu descontentamento com o comportamento do volante fora de campo. No entanto, sempre enxergou no astro um grande talento e contou com ele nos momentos em que mais precisou.
Sampaoli teve conversas particulares com Marinho e Vidal em seus primeiros treinos pelo Flamengo.
O que um fala sobre o outro?
Sampaoli sobre Vidal: “Bom, fazia muito tempo que não via o Arturo [Vidal]. Sempre respeito. Tentaremos que, nesse tempo, ele possa encontrar sua melhor versão. E sempre me encontro muito grato com ele. Graças a ele, vivi muitas alegrias. Então, feliz pelo reencontro e temos muito trabalho pela frente.”
Sampaoli sobre Gerson: “Eu penso que cada jogador é um ser humano, e Gerson custou a se adaptar quando chegou no Marselha. Terminou sendo fundamental naquele vice-campeonato. Jogando muito bem em qualquer posição. Depois, chegou outro treinador no Marselha que não acreditava muito no Gerson. Sofreu muito nesta etapa.”
“De volta ao Brasil, teve um monte de adaptações, mas quem vai discutir a capacidade de Gerson? Impossível. Mas, claro, emocionalmente precisa voltar a sua melhor versão. Porque isso faz com que toda a equipe tenha chance de ganhar”.
Gerson sobre Sampaoli: “Não nos falamos muito, não teve tanto tempo. Importante ter jogado com ele, porque sei como ele quer que me poste em campo. Para mim foi um pouco mais fácil. Fico feliz por trabalhar com ele mais uma vez. No começo [no Olympique] a gente acabou trocando ideia, ele me passou algo que eu ainda não tinha adquirido na vida. Consegui adquirir e tive sucesso com isso.”
Marinho sobre Sampaoli: “Tenho certeza que o Sampaoli vai acrescentar muito não só para recuperar o meu futebol, mas a todo grupo, o coletivo, o quanto que a gente vai evoluir com ele, tenho certeza. É um cara que entende muito e não é um resultado que vai deixá-lo feliz. A gente sabe que vai escutar um pouco ainda. Ele vai falar, vai cobrar para que a gente possa entender melhor o jeito que ele gosta de jogar.”
ALEXANDRE ARAÚJO E BRUNO BRAZ / Folhapress