Gilberto Gil é praticamente um patrimônio cultural do Brasil. Sua contribuição para a música e a cultura brasileira é histórica e imensurável. Nesta matéria, reunimos 21 curiosidades sobre a vida e carreira de Gilberto Gil para você saber mais sobre a trajetória desse grande mestre da MPB.
19 curiosidades sobre a vida e carreira de Gilberto Gil
1- Gilberto Gil já foi Ministro da Cultura e Vereador em Salvador
Cantor, compositor, exímio multi-instrumentista e produtor musical, foi Ministro da Cultura entre os anos de 2003 e 2008, circulando também pelo universo sócio-político, ambiental e cultural internacional. Também foi Vereador em Salvador, de 1989 a 1992.
2- Gil tem cerca de 60 álbuns gravados e 4 milhões de cópias vendidas
Sua rica produção fonográfica, em plena atividade até os dias de hoje, soma – ao todo – quase 60 álbuns e em torno de 4 milhões de cópias vendidas.
3- Venceu 9 Grammys durante a carreira
Conhecido mundialmente, Gil já venceu nove Grammys, entre Estadunidenses e Latinos, e já realizou turnês pelas Américas, Ásia, África e Oceania.
4- Gil já foi Embaixador da ONU
Foi Embaixador da ONU para Agricultura e Alimentação e nomeado “Artista da Paz” pela UNESCO.
5- Sua música tem influências de gêneros tradicionalmente brasileiros, música africana e mais
Versátil, bebe de várias fontes. Sua música tem influências de gêneros tradicionalmente brasileiros como o samba, o baião e o forró e também do rock, da música africana, do reggae, do funk, do jazz, entre outros.
6- Começou a estudar e tocar arcodeom aos 9 anos de idade
Baiano de Salvador, começou a estudar e tocar acordeom com nove anos de idade e, já nesta época, foi influenciado pela musicalidade do sertão e pelas procissões que passavam na frente da casa em que passou a infância, em Ituaçu, no interior da Bahia.
Escutava Luiz Gonzaga, Orlando Silva e Bob Nelson. Foi nesta época também que teve seu primeiro contato com o jazz.
7- Trocou o acordeom pelo violão após conhecer João Gilberto, a Bossa Nova e as canções de Dorival Caymmi
Quando conheceu João Gilberto, a bossa nova e também as canções de Dorival Caymmi, trocou o acordeom pelo violão, instrumento que domina de forma primorosa. Mais para frente, aderiu também à guitarra elétrica.
8- Sempre cantou sobre regionalismo, histórias e realidade do povo brasileiro
Sua musicalidade, desde sempre, tomou formas rítmicas e melódicas muito pessoais e Gil sempre cantou sobre o regionalismo, as histórias e a realidade do nosso país e do povo brasileiro.
9- Cursou Administração de empresas na Universidade da Bahia
Antes de decidir seguir carreira definitivamente na música, Gil cursou administração de empresas na Universidade da Bahia e chegou a trabalhar na Gessy Lever, em São Paulo. Mas a música sempre falou mais alto. Já na faculdade organizava festivais e eventos musicais.
10- Gil conheceu Caetano Veloso na faculdade
Foi na Universidade da Bahia que Gil conheceu Caetano Veloso, seu grande parceiro e amigo até os dias atuais. Foi nesta época também que conheceu as cantoras Gal Costa e Maria Bethânia.
11- Formou junto a Caetano, Bethânia, Gal e Tom Zé o show ‘Nós, Por exemplo’
Juntos, Gil, Caetano, Bethânia, Gal e Tom Zé fizeram – em 1964 – o show Nós, Por exemplo, para inaugurar o Teatro Vila Velha, de Salvador; com um repertório de canções da Bossa Nova, de Dorival Caymmi e de cada um dos compositores do elenco.
No mesmo ano, fizeram juntos mais um espetáculo: ‘Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova’. Em 1965, estiveram mais uma vez juntos no espetáculo Arena canta Bahia, dirigido por Augusto Boal.
12- Nos anos 60, Gil gravou sua primeira fita demo
Foi nesta mesma época que Gil gravou sua primeira fita demo. Anos depois, muitas das canções apresentadas nesta gravação foram resgatadas para compor o álbum Retirante, produzido em 2010, com músicas gravadas por Gil antes de alcançar o sucesso, entre os anos de 62 e 66.
13- Começou a se destacar na televisão por suas participações no programa O Fino da Bossa, apresentado por Elis Regina
Gil começou a se destacar na televisão, principalmente por suas participações no programa O Fino da Bossa, apresentado por Elis Regina.
Em 66, no mesmo ano em que participava do programa de TV, Gil foi contratado pela Philips para fazer seu primeiro LP e se muda para o Rio de Janeiro, abandonando de vez a carreira corporativa para se dedicar inteiramente à música.
14- Em 1967, Gilberto Gil lançou seu primeiro álbum ‘Louvação’
Em maio de 67, Gil lançou seu primeiro álbum, Louvação. O disco contém arranjos de Dori Caymmi e composições de Caetano Veloso, Capinam, Torquato Neto, Geraldo Vandré e a temática principal é a Bahia. Algumas das principais canções são Ensaio Geral, Procissão e Minha Senhora.
15- Iniciou, junto com outros grandes nomes da MPB, o movimento Tropicalista
Nesta época, ele inicia – junto com outros grandes nomes da música popular brasileira como Caetano Veloso, Gal Costa, Torquato Neto, Rogério Duprat, Capinan, Tom Zé, Nara Leão e Os Mutantes – o Tropicalismo.
Esse foi um importante movimento cultural brasileiro, que vinha de desencontro a tudo que era produzido na década de 60.
Esses artistas, incluindo Gilberto Gil, traziam nas produções tropicalistas uma mistura de diferentes estilos como o rock psicodélico, cultura popular, música erudita, fazendo com que todo esse conteúdo cultural brasileiro passasse a ter uma visibilidade internacional.
16- ‘Domingo no Parque’ se tornou uma das músicas mais emblemáticas do Tropicalismo
O Terceiro Festival de Música Popular da TV Record, de 1967, foi um dos eventos mais marcantes desse movimento. Foi nesse festival, que Gilberto Gil apresentou a canção Domingo no Parque se tornando uma das músicas emblemáticas do Tropicalismo.
17- Ao apresentar a música Questão de Ordem no Festival Internacional da Canção, de 1968, Gil foi vaiado pelo público
É desta época também a canção Questão de Ordem, que Gil apresentou no Festival Internacional da Canção de 1968, sob as vaias de um público nacionalista que não aceitava as novas estéticas, que foi a inserção das guitarras elétricas e das influências estrangeiras na música popular brasileira.
A partir desse momento, o Tropicalismo chega ao seu auge e invade de vez a cena cultural brasileira.
18- Em 1968, Gil lançou o álbum ‘Tropicália ou Panis at Circense’ junto com seus companheiros Tropicalistas
Em 1968, Gil lançou – ao lado de seus companheiros de movimento Tropicalista – o álbum Tropicália ou Panis at Circense.
Entre as canções, estão Batmakumba, Geleia Real e Panis At Circense. Tropicália foi eleito o segundo melhor disco de música brasileira da história, pela Revista Rolling Stone.
19- Caetano e Gil apresentaram um programa chamado ‘Divino Maravilhoso’, na TV Tupi
É também de 1968 a música Divino Maravilhoso, de Gil e Caetano, defendida por Gal Costa no Festival da TV Record, em uma apresentação revolucionária, que soava como grito de liberdade para a juventude da época.
Caetano e Gil apresentaram um programa com este mesmo nome, neste mesmo ano, na TV Tupi.
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