Cidade de São Paulo abre xepa de vacina bivalente contra Covid para maiores de 18 anos

São Paulo - Vacinação contra covid-19 aos profissionais da saúde do Hospital das Clínicas, no Centro de Convenções Rebouças.

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da cidade de São Paulo abrem nesta quinta-feira (27) inscrições para xepa da vacina bivalente contra a Covid-19 para todas as pessoas a partir de 18 anos.

Desde esta quarta-feira (26), a capital paulista passou a aplicar o reforço na imunização a quem tem a partir de 50 anos.

A vacinação de quem tem a partir de 18 anos foi autorizada na segunda (24) pelo Ministério da Saúde em todo o país. Sem doses suficientes para imunizar todo o público-alvo, a gestão Ricardo Nunes (MDB), porém, resolveu, por enquanto, limitar a aplicação da vacina aos acima de 50.

As doses da xepa são aquelas que sobram em frascos abertos, mas não são aplicadas até próximo do horário de fechamento do posto de saúde. Para ter direito às vacinas remanescentes, é preciso deixar o nome e o número de telefone na UBS mais próxima da residência para conseguir chegar à tempo de pegar a unidade aberta.

Deve tomar a bivalente quem já recebeu, pelo menos, duas doses de vacinas monovalentes (Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer), respeitando um intervalo de quatro meses da última dose.

A vacina, que contém uma mistura da cepa original do vírus de Wuhan, na China, e as variantes da ômicron BA.4 e BA.5, oferece maior proteção contra a ômicron e as linhagens em circulação do vírus da Covid.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a abertura para novas faixas etárias ocorrerá conforme o recebimento de novos lotes de vacinas.

Ao todo, 9 milhões de pessoas acima de 18 anos poderão ser vacinadas com a dose de reforço na capital paulista, segundo a pasta municipal.

A prefeitura afirma que recebeu 161 mil doses adicionais para ampliar a imunização.

A vacina está disponível nas UBSs e Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados nas AMAs/UBSs Integradas, também das 7h às 19h.

Ao contrário de São Paulo, capitais como Rio de Janeiro, Recife e Salvador iniciaram a aplicação da dose de reforço bivalente contra a Covid-19 para toda população acima de 18 anos.

Já outras prefeituras, como Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba, aguardam o envio de mais doses.

O Ministério da Saúde afirmou que vai entregar para o governo de São Paulo 1,3 milhão de doses da vacina bivalente contra Covid até o final desta semana.

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, o público-alvo em todo o estado paulista é de 23 milhões de pessoas.

Além de todas as pessoas acima de 50 anos, a Pfizer bivalente está disponível para maiores de 12 anos com imunossupressão ou com comorbidades, indígenas, gestantes e puérperas, residentes em instituições de longa permanência e funcionários desses equipamentos da cidade de São Paulo, profissionais da saúde, pessoas com deficiência física permanente, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, além da população em situação de rua.

SAIBA MAIS SOBRE A VACINA BIVALENTE CONTRA A COVID

O QUE É A VACINA BIVALENTE?

As vacinas bivalentes são versões atualizadas dos imunizantes contra Covid contendo a cepa original de Wuhan combinada com a variante ômicron, atualmente a predominante em todo o mundo.

No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso emergencial de duas formulações bivalentes da Pfizer (contendo as subvariantes BA.1 e BA.4/BA.5 da ômicron). A agência autorizou o uso dos imunizantes como reforços para pessoas com 12 anos ou mais.

QUAIS SÃO OS EFEITOS COLATERAIS?

De modo geral, as vacinas atualizadas contra a ômicron mantêm o mesmo padrão de segurança que as formas monovalentes já autorizadas e utilizadas em bilhões de pessoas em todo o mundo.

Em geral, os efeitos mais comuns que foram reportados são dor no local da injeção, fadiga, dor de cabeça, dores no corpo (mialgia), febre e calafrios.

Tais efeitos também já foram reportados com os reforços das vacinas monovalentes e são considerados leves, com desaparecimento dos sintomas em até 24 horas.

A orientação dos profissionais de saúde nos postos de vacinação é para monitorar a intensidade dos efeitos e, se necessário, a utilização de medicamentos analgésicos comuns para tratamento.

Outros efeitos colaterais menos comuns e considerados moderados a severos podem incluir miocardite (inflamação do miocárdio), pericardite (inflamação do pericárdio), dores no peito, falta de ar e arritmia.

EXISTE ALGUMA CONTRAINDICAÇÃO DOS REFORÇOS BIVALENTES?

Nos estudos científicos, não houve nenhum efeito colateral das vacinas bivalentes diferente daqueles observados nas vacinas monovalentes, com incidência em geral de efeitos leves, como dor no local da aplicação, febre e dores musculares.

Também não há contraindicação de receber a vacina da Covid em conjunto com outras vacinas, como a da gripe. A atualização da vacinação com os reforços pode ser feita após quatro meses desde a última vacina aplicada.

Redação / Folhapress

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