Unesp demite professora que foi detida em atos golpistas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O reitor da Unesp (Universidade Estadual Paulista), Pasqual Barretti, assinou a demissão de uma professora que foi detida nos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília.

Sandra de Moraes Gimenes Bosco, professora do Instituto de Biociências de Botucatu, estava afastada das atividades de ensino desde o dia 10 de janeiro, quando foi detida em um ônibus que retornava de Brasília. Ela e outros golpistas foram detidos sob suspeita de terem participado das invasões e depredações nas sedes dos Três Poderes.

A demissão da docente foi publicada no Diário Oficial deste sábado (29), após a conclusão da apuração de um processo administrativo disciplinar. Ela ainda tem direito a recorrer da decisão no Conselho Universitário, segundo informou a universidade.

A Folha procurou a docente para comentar a demissão, mas ela não respondeu.

“Em relação à pena de demissão aplicada, foi caracterizada infração disciplinar de natureza gravíssima, após criteriosa apuração ocorrida no âmbito do Processo Administrativo Disciplinar, instaurado pela unidade universitária em decorrência da participação da docente nos atos de 8 de janeiro de 2023”, disse a universidade em nota.

Ainda segundo a reitoria, o processo respeitou o princípio constitucional da ampla defesa e constatou que a servidora violou “deveres funcionais previstos no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado.”

Entre as proibições da lei estadual está a de praticar atos de sabotagem contra o serviço público ou cometer crime previsto nas leis relativas à segurança e à defesa nacional, além de lesar patrimônio.

A docente foi detida em um ônibus com outros 44 bolsonaristas. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os passageiros tinham marcas de bala de borracha pelo corpo e confessaram ter participado da invasão em Brasília.

A Unesp disse ter recebido denúncias da participação da professora pela ouvidoria da instituição e, por isso, decidiu pela abertura de processo administrativo. Na ocasião, a universidade informou que “não tolera esse tipo de postura” e que também apresentaria denúncia ao Ministério da Justiça e Ministério Público.

Redação / Folhapress

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