SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As fortes chuvas que provocaram inundações e deslizamentos de terra no oeste e no norte de Ruanda mataram pelo menos 129 pessoas, afirmou o governo local nesta quarta-feira (3).
“Nossa prioridade agora é chegar a todas as casas atingidas para garantir o resgate de qualquer pessoa que possa estar presa”, disse à agência Reuters François Habitegeko, governador da Província Ocidental.
Algumas pessoas foram salvas e levadas a hospitais, acrescentou ele, sem divulgar o número de feridos. À rede BBC um funcionário do governo local explicou que o número de vítimas foi elevado uma vez que a forte chuva ocorreu durante a noite, quando muitos estavam dormindo e não puderam buscar um lugar seguro a tempo.
Os distritos mais atingidos na província foram Rutsiro, com 26 mortos, Nyabihu, com 19, e Rubavu e Ngororero, com 18 cada um.
“A província do oeste é a mais afetada pelo desastre, onde os números provisórios apontam 95 mortos, enquanto 14 pessoas morreram na província do norte”, detalhou a Agência de Radiodifusão de Ruanda (RBA), que supervisiona os veículos de comunicação públicos, citando informações de autoridades locais.
As imagens postadas na conta da RBA no Twitter mostram casas desabadas e estradas bloqueadas por deslizamentos de terra, além de campos inundados. Segundo Habitegeko, a chuva começou por volta das 18h de terça (2), fazendo com que o rio Sebeya transbordasse. “O solo já estava encharcado devido às chuvas dos dias anteriores, o que causou deslizamentos de terra e fechamento de estradas”, disse.
A Agência de Meteorologia local previu chuvas acima da média em maio para o país da África Oriental. Esta é a pior inundação em Ruanda desde ao menos 2020, quando cerca de 80 pessoas morreram.
Na vizinha Uganda, em uma zona próxima à fronteira com Ruanda, seis pessoas morreram na madrugada desta quarta-feira em uma área no sudoeste do distrito de Kisoro, depois de chuvas fortes atingirem as montanhas da região, de acordo com a Cruz Vermelha local.
Cinco dos mortos eram de uma mesma família, e as equipes de emergência começaram a fazer escavações para retirar os cadáveres.
Uganda também vem lidando com pesadas e constantes chuvas desde o final de março, e, mais recentemente, deslizamentos de terra foram registrados em áreas elevadas, como Kasese, perto das montanhas Rwenzori, onde tempestades e inundações destruíram casas e desabrigaram centenas de moradores.
Redação / Folhapress