Corinthians vence o São Paulo e é campeão do Paulista 2019

Depois de 80 anos, o time alvinegro consegue o seu tricampeonato, com os gols de Danilo Avelar e Vagner Love

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Foto: Alexandre Battibugli/FPF

Neste domingo (21), Corinthians e São Paulo decidiram o título do Paulistão. E se em 2003 o Mosqueteiro foi campeão, em 2019 a história de repetiu. Após o empate por 0 a 0 no Morumbi, o time alvinegro venceu por 2 a 1 na Arena Corinthians, o tricolor, levantando a taça pela 30ª vez. Danilo Avelar e Vagner Love marcaram para o Corinthians e Antony foi o responsável pelo gol tricolor.

Quem apostava que a final do Paulista seria majestosa? Corinthians e São Paulo não fizeram um bom campeonato. O tricolor,, por exemplo, se classificou aos trancos e barrancos. Os dois times buscavam a sua identidade, o alvinegro encontrou primeiro, mas oscilava bastante. O clube do Morumbi foi encaixando na fase do mata-mata.

Esse duelo mesmo com o seu histórico, cheio de ídolos, como Pedro Gané, Leonidas, Sastre, Sócrates, Wladimir, Casagrande, Pedro Rocha, Dario Pereyra, Raí, entre tantos outros, via pela primeira vez a possibilidade de heróis improváveis. A majestade da decisão vinha do passado.

Mesmo em uma crescente na reta final, o São Paulo não chegou como favorito. Depois do empate de 0 a 0 no Morumbi, a decisão na Arena Corinthians colocava o time alvinegro em vantagem. O time do Cuca vinha para surpreender e fez, quando na saída de bola, o São Paulo saiu para o ataque ao invés de recuar.

A frenesi no inicio da partida não durou muito. O duelo ficou truncado, com poucas criações ofensivas. A bola não parava no chão, assim, as jogadas aéreas se tornaram as principais tentativas das duas equipes. Foi assim que o placar foi alterado. Aos 30 minutos, Sornoza cobrou escanteio, Ralf desviou e Danilo Avelar apareceu, sem marcação junto com Manoel, e cabeceou para o fundo do gol. 1 a 0.

Com a vantagem no placar, o Corinthians começou a dominar mais o jogo e a mostrar um pouco de futebol. O técnico Carille tinha escalado um time mais leve e rápido e pode ver Fagner, Pedrinho, Sornoza criarem chances para ampliar, principalmente em contra-ataques.

O São Paulo não conseguia controlar o impeto corintiano. Sofria para criar oportunidades. Jucilei, que era a novidade do time para a partida, não acompanhava o ritmo e perdia nos desarmes. E quando tudo encaminhava para o fim da primeira etapa. Aos 47 minutos, Antony aproveitou o erro do Ralf, cortou para dentro e chutou para o gol, sem chances para o Cássio. 1 a 1.

No segundo tempo, Cuca colocou Hernanes para aumentar a qualidade de criação. Nessa história, o camisa 15 era um dos poucos que não estava na lista dos heróis improváveis, e sim uma esperança. O São Paulo aumentou a posse de bola, ultrapassando o Corinthians, mas pouco chegava no gol de Cássio. O time alvinegro se defendia e jogava no contra-ataque.

O segundo tempo ficou equilibrado, mas sem grandes riscos. Os dois times voltaram a ficar tímidos, lembrando muito que o Majestoso de hoje não é o mesmo do passado. Carille quis apostar na experiência, tirando o jovem Pedrinho, que foi o destaque no primeiro tempo, e colocou Vagner Love. Nada mudou.

Não parecia uma final e sim aqueles jogos de cumprimento de tabela, no qual os dois times estavam classificados. Principalmente quando Cuca tirou Everton, lesionado, para colocar Willian Farias. Tudo indicava para uma decisão nos pênaltis, aonde o principal ídolo do Corinthians, Cássio, poderia brilhar.

Mas aos 43 minutos, Boselli, que havia entrado no lugar do Gustavo, matou no peito e tocou para o Sornoza, que deu um belo passe para o Vagner Love. O camisa nove pegou de primeira e com o pé direito mandou para o fundo do gol de Volpi. Era o gol do título corintiano.

Não foi o Majestoso mais emocionante. Não foi um duelo de grandes jogadores. Dois times que muitas vezes deixaram de jogar bola. E que hoje carregam as heranças do passado. Corinthians conseguiu o seu tri, com os seus heróis improváveis, depois de 80 anos. Mas não será lembrado como o bi na década de 80, contra o São Paulo. Nos dias de hoje, o Majestoso é agridoce e os títulos não passam de resultados.