SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Escolhido como representante da Assembleia Legislativa de São Paulo no conselho consultivo da USP (Universidade de São Paulo), o deputado estadual Leo Siqueira (Novo) defende que a universidade crie fontes de receita adicionais por meio da cobrança de mensalidades dos alunos mais ricos e de “naming rights” de empresas interessadas em batizar espaços nos campi.
Segundo o parlamentar, a incorporação das medidas faria com que a USP deixasse de ser excessivamente dependente de repasses de ICMS, que oscilam de acordo com a atividade econômica.
“A USP hoje tem o problema de ser uma mera pagadora de salários, e conta com muita gente da classe alta, que tem condição de pagar mensalidade. O que acontece hoje é que a população pobre paga mais, pois o ICMS é um imposto sobre consumo”, afirma Siqueira à coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
Ele diz que a definição de enquadramento dos mais ricos da universidade ainda precisariam ser definidos, mas que “com certeza os 20% mais ricos têm condição de pagar mensalidades”.
Além de Siqueira, indicado pela Alesp, o conselho consultivo é composto pelo reitor, Carlos Carlotti, pela vice-reitora, Maria Arminda do Nascimento Arruda. O sociólogo José de Souza Martins tem assento como representante da Fapesp, e outros seis nomes foram escolhidos pelo reitor: Carlos Alves Moura, Cláudia Costin, José Scheinkman, José Renato Nalini, Maria Alice Setúbal e Pedro Wongtschowski.
A função do conselho é a de dar subsídios ao reitor a respeito da política geral e o desempenho da USP.
GUILHERME SETO / Folhapress