As maiores músicas brasileiras dos anos 70

As canções nacionais despertam os mais diversos sentimentos em quem as admira, desde saudades, tristeza, emoção, alegria, entre muitos outros. A música, assim como outras formas de arte, é uma manifestação cultural que está muito atrelada também à época em que surgiu, nos revelando ou nos fazendo relembrar de diversos detalhes daquele tempo. 

E, cá entre nós, não dá para falar de MPB sem falar das músicas brasileiras dos anos 70, não é mesmo?! Isso porque as canções dos anos 70 são destaques na história da MPB e inspiraram muitas outras produções que surgiram nas décadas seguintes. 

A década foi marcada por muitos sucessos inesquecíveis, não é à toa que diversas canções dos anos 70 aparecem na lista das 100 maiores músicas brasileiras, segundo a Revista Rolling Stone. 

Vale destacar, também, que muitas canções daquela época revelam algumas nuances do contexto histórico vivenciado, já que foram lançadas durante a vigência da Ditadura Militar no Brasil, que teve início em 1964 e terminou em 1985. 

Nesta matéria, vamos relembrar os maiores sucessos da década de 70 no Brasil. Prepare o coração, porque pode vir muita nostalgia por aí! 

Confira! 

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Confira as maiores músicas brasileiras dos anos 70. | Foto: Reprodução/ Montagem.

Confira as maiores músicas brasileiras dos anos 70

Veja quais são as maiores músicas brasileiras dos anos 70:

Azul da Cor do Mar – Tim Maia (1970)

Para abrir essa viagem pela década de 70, não poderíamos começar com outra música senão Azul da Cor do Mar. Composta por Tim Maia, a música é carregada de sentimentos dissonantes, que marcam a esperança de viver em meio aos caos, solidão e desafios que só quem “nasce pra sofrer” consegue entender. 

A letra foi composta em um momento em que Tim Maia estava se sentindo sozinho e enfrentava dificuldades em sua vida pessoal e profissional. Quando se deparou com um cartaz de uma mulher em uma praia do Taiti, que estava no quarto de seu amigo, ele encontrou inspiração naquele mar azul para escrever um de seus maiores sucessos. 

“Ah, se o mundo inteiro pudesse me ouvir/ Tenho muito para contar, dizer que aprendi/ E, na vida, a gente tem que entender/ Que um nasce pra sofrer enquanto o outro ri”, diz a canção de Tim Maia. 

Relembre:

Ê Baiana – Clara Nunes (1971)

Ê Baiana é um dos maiores sucessos da década de 70 e também uma das músicas mais memoráveis da inesquecível Clara Nunes. A cantora revolucionou a música brasileira e sempre chamou atenção por seu talento, sendo considerada pela Rolling Stone como a 9ª maior voz brasileira. 

A estrela se destacou no samba e esta canção marca sua importância para o gênero musical. 

“Baiana boa/ Gosta do samba/ Gosta da Roda/ E diz que é bamba”, diz a canção. 

Ouça a música:

A Flor e o Espinho – Nelson Cavaquinho (1973)

A Flor e o Espinho é uma canção composta por Nelson Cavaquinho em parceria com Guilherme de Brito e Alcides Caminha. As composições do artista chamam atenção por serem carregadas de sentimentos como melancolia, solidão, frustração, entre outros. Nesta canção, não é diferente. Por meio da metáfora de uma flor e um espinho, ele faz uma catarse sobre a dor do amor. 

“É no espelho que eu vejo a minha mágoa/ A minha dor e os meus olhos rasos d’água/ Eu na sua vida já fui uma flor/ Hoje sou espinho em seu amor”, diz a canção de Nelson Cavaquinho. 

Confira:

Metamorfose ambulante – Raul seixas (1973)

Não dá para falar de Raul Seixas sem citar Metamorfose Ambulante. A canção é um dos maiores sucessos do artista e revela muita coisa sobre sua personalidade, que era uma verdadeira metamorfose.

A letra explora a inconstância humana e a importância de abraçar essa inconstância e se permitir mudar nos mais diversos âmbitos da vida, estando sempre aberto a novas perspectivas de vida. 

“Prefiro ser essa metamorfose ambulante/ Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante/ Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”, diz a canção de Raul Seixas. 

Relembre:

Meu Mundo e Nada Mais – Guilherme Arantes (1976)

Meu Mundo e Nada Mais foi composta por Guilherme Arantes ainda na adolescência, quando tinha 16 anos. A música, no entanto, só foi gravada 7 anos depois, quando se tornou tema da novela Anjo Mau. A canção foi um sucesso e foi o ponto de partida para a carreira do cantor. 

A música é carregada de sentimentos confusos e de uma sensação de incapacidade, tão comuns na adolescência, mas que parecem nos acompanhar na vida adulta também, não é à toa que as palavras escritas por Guilherme Arantes quando ainda era adolescente conquistaram tantas pessoas. 

“Não estou bem certo/ Que ainda vou sorrir/ Sem um travo de amargura/ Como ser mais livre/ Como ser capaz/ De enxergar um novo dia”, diz a composição. 

Confira:

Cálice – Chico Buarque (1978)

Uma das canções que marcam o período da Ditadura Militar no Brasil é “Cálice”, de Chico Buarque. A música chegou a ser censurada pelo regime devido ao uso da palavra ‘cálice’, que, por mais que fosse usada como cálice de vinho, carregava um duplo sentido que podia ser entendido como “cale-se”, uma forma de criticar a ditadura. 

Chico Buarque usou a arte para expressar suas críticas ao regime e foi reprimido por isso. Relembrar essas canções também é uma forma de relembrar a história do nosso país e conscientizar sobre o passado para que não se repita. 

“Afasta de mim esse cálice/ De vinho tinto de sangue/ Como beber essa bebida amarga/ Tragar a dor, engolir a labuta/ Mesmo calada a boca, resta o peito/ Silêncio na cidade não se escuta”, diz a música. 

Ouça:

As músicas brasileiras dos anos 70 são cheias de sentimentos atemporais, que parecem ser natos ao ser humano e fazem sentido nas mais diversas fases da vida e nas mais diversas décadas. 

Curtiu reviver esses clássicos da MPB?! Para mais conteúdos nostálgicos como esse, não deixe de acompanhar a Novabrasil e ficar por dentro de tudo o que rola por aqui!

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