Líderes da Aliança Militar do Ocidente se reuniram ontem e ficou definido que a OTAN vai aumentar o número de tropas em países ao Leste da aliança, especificamente Eslováquia, Romênia, Bulgária e Hungria. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez novamente um apelo aos países do Ocidente por uma zona de exclusão aérea, para que aviões russos pudessem ser abatidos durante voos sobre a Ucrânia. Os líderes da Otan, no entanto, seguem com o entendimento de não intervirem diretamente no conflito, para evitar uma escalada de tensão e uma guerra de maiores proporções.
G20
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse, ontem, em Bruxelas, durante o encontro da OTAN que a Rússia deveria sair do G20, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. Biden acrescentou que, se dependesse dele, a Ucrânia participaria desses encontros do G20. O Brasil é contra a proposta apresentada pelos Estados Unidos. O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, afirmou que o Brasil é a favor do multilateralismo e do direito internacional.
ONU
A Assembleia Geral da ONU aprovou ontem uma resolução que condena a Rússia pela “terrível” situação humanitária na Ucrânia e cobra a abertura de passagens para o acesso de suprimentos e auxílio médico ao país. O texto foi apresentado pela delegação ucraniana e teve 140 votos favoráveis, incluindo o do Brasil, 5 contrários (Rússia, Síria, Coreia do Norte, Eritreia e Belarus) e outras 38 abstenções, entre elas China e Índia.
Crimes de guerra
O G7, grupo formado pelas maiores economias do mundo, divulgou ontem um comunicado após a reunião da Cúpula para tratar da guerra na Ucrânia. Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido afirmam que irão trabalhar para juntar evidências de que a Rússia cometeu crimes de guerra durante o conflito no Leste Europeu. Segundo a nota, o cerco a cidades ucranianas, o impedimento de estabelecer corredores humanitários e bombardeios e locais com civis são “inaceitáveis”.
Reféns
A Ucrânia acusa o governo de Vladimir Putin de levar à força, para a Rússia, mais de 400 mil civis de cidades ucranianas destruídas. Segundo Lyudmyla Denisova, ombudsman da Ucrânia, essas pessoas podem ser usados como “reféns” para pressionar Kiev a desistir.