SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Justiça do Rio negou pedido da defesa de dois acusados do assassinato do congolês Moïse Kabagambe, em janeiro do ano passado, e manteve a prisão preventiva deles.
Para a juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, da 1ª Vara Criminal, não ficou comprovado que o rumo das investigações teve mudanças que justificassem a adoção de medidas cautelares.
Ela classificou as agressões sofridas por Moïse como “covardes” e “totalmente desnecessárias”. Na avaliação dela, o inquérito mostrou que existem provas suficientes “acerca da materialidade do crime, além de indícios de autoria”.
Nesse sentido, constata-se que as circunstâncias fáticas destoam da reprovabilidade inerente ao tipo penal, que, frise-se, por si só, já se afigura gravíssimo, na medida em que os acusados teriam perpetrado agressões covardes e totalmente desnecessárias, consubstanciadas em diversas pauladas e chutes na vítima, a qual se encontrava completamente imobilizada.” Trecho de decisão da juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis
Os pedidos foram feitos pela defesa de Fábio Pirineus da Silva e Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca. Eles respondem pelo assassinato de Moïse juntamente com Brendon Alexandre Luiz da Silva.
Na decisão, a juíza também marcou audiências para ouvir testemunhas e a defesa dos acusados. As pessoas elencadas pelo Ministério Público serão ouvidas no dia 7 de julho, enquanto os advogados farão a defesa no dia 28 do mesmo mês.
CAÍQUE ALENCAR / Folhapress