SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Vera Lúcia Beça Moutinho, 68, morreu após se submeter a um procedimento estético em uma clínica localizada em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro.
Vera Lúcia foi ao Hospital da Plástica na última quinta-feira (18) para realizar um lifting facial.
Após a intervenção, ela apresentou complicações e foi transferida para o Hospital Badim, na Tijuca, zona norte fluminense. Lá, os médicos realizaram exames neurológicos e atestaram morte cerebral devido a falta de oxigenação no cérebro.
Ao UOL, o irmão da mulher, Carlos Moutinho, contou que ela havia realizado procedimento semelhante na mesma clínica havia nove meses, mas o resultado “não ficou do agrado”, devido a uma “pelezinha” sobrando “na pálpebra superior dela”.
Ela marcou a nova intervenção, fez o lifting e foi encaminhada para o quarto, quando seu rosto começou inchar. “Imediatamente levaram minha irmã para o centro cirúrgico. Assim que sedaram ela de novo, ela teve uma parada cardíaca. Na verdade, a sedação era pra poder fazer a drenagem do sangue que acumulou na região do rosto, e nessa sedação teve uma parada cardíaca”, afirma o irmão.
Carlos afirma que os médicos levaram cerca de 15 minutos para conseguir reanimar sua irmã. Em seguida, segundo ele, os médicos finalizaram a nova cirurgia, levaram-na novamente para o quarto, mas ela não acordava. Foi quando decidiram transferir a paciente para o Hospital Badim.
“Eles estavam estranhando que ela não voltava, não estava acordando. Por não terem um centro cirúrgico avançado, eles encaminharam para o Badim. Lá foram feitos exames neurológicos e foi constatada morte cerebral”, completou.
Nas redes sociais, Carlos Moutinho acusou o Hospital da Plástica de negligência. Ele postou uma foto de luto em que diz que “negligência médica mata”.
Ao UOL, Carlos disse que a família ainda não decidiu se irá processar o Hospital da Plástica.
O que diz o Hospital da Plástica
Em nota, o Hospital da Plástica disse que foi percebido “um hematoma na face” de Vera quando ela já estava no quarto “se recuperando”. A paciente foi levada ao centro cirúrgico “para reversão do trauma”, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória, que foi revertida pela própria equipe médica. Sem melhoras, ela foi transferida.
A unidade diz que realizou “todos os procedimentos necessários para resguardar a segurança da paciente” e que “se coloca à disposição para esclarecer todas as circunstâncias em que transcorreu a citada cirurgia plástica”.
“Assegurando, também, que atua em obediência aos mais rigorosos critérios estabelecidos pelos órgãos de controle para o adequado funcionamento da unidade hospitalar, que conta, inclusive, com CTI completo e todos os equipamentos requeridos”, completou o hospital.
Redação / Folhapress