SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Javier Tebas é presidente da La Liga desde 2013 e rebateu Vinicius Jr após o atacante do Real Madrid ser vítima de racismo em jogo contra o Valencia.
Tebas não gostou da reação de Vinicius Jr após o episódio de domingo (21). O cartola mandou o brasileiro “se informar adequadamente” sobre as ações da La Liga no combate ao racismo.
O dirigente é apoiador declarado de grupo de extrema direita da Espanha. Em 2019, Tebas afirmou que votaria em representantes do Vox -formado por apoiadores do ditador Francisco Franco- nas próximas eleições espanholas.
“Se extrema direita significa defender a união da Espanha, a vida e o modo de vida católico, estou com esse grupo”, disse Javier Tebas, em 2016.
Foi chamado de facista por dirigente do Barcelona em 2018. Albert Perrin – vice-presidente blaugrana durante a gestão Juan Laporta- disse ao canal espanhol “LaSexta”, que Tebas é “um facista, repugnante e um claro nazista”.
Tebas anunciou em 2015 que era torcedor merengue, mas que isso não interferia em sua gestão. Em entrevista ao “As”, ele contou que “torço para o Madrid desde menino, fui a 27 clássicos no passado e comemorei vitórias do Madrid no bar com os amigos”.
Barcelona pediu a demissão do presidente em abril deste ano. O posicionamento do clube aconteceu após o “La Vanguardia” noticiar que Tebas forneceu provas falsas ao Ministério Público no “Caso Negreira”.
“A notícia que o La Vanguardia publica hoje é tão grave que deveria alertar todos os clubes da LaLiga para as práticas que não se enquadram nas funções que são atribuídas ao presidente da LaLiga. Por esta razão, a de desempenhar funções que não lhe competem, embora também por dignidade e respeito pela presidência da LaLiga, o Sr. Tebas deveria renunciar ao cargo”, dizia trecho da nota oficial do Barcelona.
Conhecido por seu perfil polêmico e confrontador, Tebas é advogado e administrador. O espanhol -que nasceu na Costa Rica e se mudou ainda criança- se formou na Universidad Pontificia Comillas ICADE de Madri.
É membro do Comitê Executivo da UEFA desde 2021. Ele foi presidente do Hércules CF (clube da segunda divisão espanhola) por três anos.
Se posicionou contra a Superliga Europeia: “Trata-se da última tentativa de sequestro do futebol europeu por parte dos grandes clubes. Os grandes clubes, se utilizando de diversas entidades ao longo dos anos, vem tomando repetidamente as entidades do futebol como reféns, assegurando para eles cada vez mais dinheiro e poder para si mesmos”, escreveu nas redes sociais.
Disse que a saída de Cristiano Ronaldo não teve impacto na competição e rasgou elogios a Lionel Messi.
A partida de Cristiano Ronaldo, mesmo que se incomodem em Madri, teve um impacto quase nulo. Porque em La Liga estamos nos preparando há anos para a marca transcender os jogadores. Mas no caso dele [Messi] é diferente. Messi é o melhor jogador da história do futeobl. Tivemos a sorte de tê-lo. Eu pediria que ele terminasse a carreira na nossa competição”. Javier Tebas, à RAC 1.
“Gostaria que Messi jogasse em La Liga e que Cristiano voltasse para se despedir”, afirmou no fim do ano passado. Hoje, CR7 defende o Al Nassr, e Messi, o PSG.
Redação / Folhapress