O TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) decidiu nesta segunda-feira (22) afastar provisoriamente de suas funções o juiz Eduardo Appio, responsável pelos processos remanescentes da Operação Lava Jato no Paraná.
A decisão partiu da Corte Especial Administrativa do tribunal em sessão durante a tarde.
Com a decisão, Appio terá prazo de 15 dias para apresentar defesa no processo de investigação que apura sua conduta. A íntegra da determinação ainda não foi divulgada.
A decisão foi tomada nesta segunda-feira (22) pós uma representação feita pelo desembargador Marcelo Malucelli, que, no mês passado, pediu para deixar a relatoria de processos oriundos da operação após a divulgação de ter relações pessoais com a família do senador Sergio Moro (União-PR), fato que o impediria de analisar os casos.
O afastamento de Appio foi baseado na acusação de que o magistrado teria entrado em contato com o filho do desembargador para confirmar o parentesco entre os dois. O advogado João Malucelli é sócio de Moro em um escritório de advocacia.
O Ministério Público Federal vinha pedindo que o juiz se declarasse impedido de julgar os processos da operação por manifestações políticas.
Em entrevista à GloboNews nesta segunda, o magistrado confirmou que usava o login LUL22 no sistema da Justiça até este ano. Ele disse que se tratava de um “protesto isolado e individual” contra uma prisão que considerava ilegal, a do hoje presidente Lula (PT).
Redação / Folhapress e Agência Brasil