SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – No caso de racismo contra Vinícius Jr. por parte de torcedores do Valencia, o árbitro Ricardo de Burgos Bengoetxea aplicou dois dos quatro passos estabelecidos no protocolo contra ofensas a jogadores de La Liga.
O protocolo antirracismo foi assinado pelo Conselho Superior de Esportes da Espanha em março de 2005. A partir de 2017, La Liga passou a recomendar a seus árbitros um conjunto de medidas semelhantes.
Primeiro passo: paralisar o jogo. Isso aconteceu em Valencia x Real Madrid, por volta de 25 minutos do segundo tempo. A paralisação só ocorreu após torcedores no Mestalla repetirem gritos e gestos racistas, proferidos cerca de 10 minutos antes contra Vinícius Jr.
Segundo passo: aviso no sistema de som do estádio. Isso também ocorreu. O locutor do Mestalla pediu para que os gritos fossem encerrados, sob ameaça do jogo ser suspenso.
Terceiro passo: suspensão temporária da partida. Não ocorreu em Valencia x Real Madrid. Neste caso, se as ofensas racistas persistirem após o primeiro aviso, a partida deve ser paralisada de novo. As equipes descem ao vestiário e só retornam após novos recados à torcida no sistema de som.
Quarto passo: suspensão definitiva da partida. O árbitro declara que não há condições para a continuidade do confronto e, assim, o jogo acaba, independente do tempo restante. A medida nunca foi adotada em casos de racismo no Campeonato Espanhol, mas já foi tomada em 2019, quando o jogador ucraniano Roman Zozulya foi chamado de “puto nazista” por torcedores do Rayo Vallecano.
Redação / Folhapress