SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Morreu nesta quarta-feira (24) o cineasta, escritor e artista visual Kenneth Anger, aos 96 anos, na cidade de Yucca Valley, na Califórnia, de acordo com a galeria que o representava, a Sprüeth Magers.
O americano é considerado um ícone do cinema queer e underground, além de pioneiro no cinema experimental e por ter sido um dos primeiros diretores a se assumirem publicamente como gays.
Ele dirigiu mais de 30 curtas-metragens desde ter iniciado a carreira na pré-adolescência. Alguns dos mais conhecidos são “Fireworks”, de 1947, “Scorpio Rising”, de 1963, e “Lucifer Rising”, de 1973.
“Scorpio Rising” é um de seus trabalhos mais controversos, por ter combinado iconografias como a subcultura do motociclismo, fetiches sexuais, homossexualidade, nazismo e ocultismo. A produção, assim como várias outras de Anger, não tem diálogos e traz uma trilha sonora repleta de grandes nomes da música pop, como Elvis Presley e Ray Charles.
Em 2022, “Scorpio Rising” foi eleito pelo National Film Registry, da biblioteca do Congresso americano, como uma obra “cultural, histórica e esteticamente significativa”.
Anger também é autor de “Hollywood Babylon”, livro publicado 1959 no qual ele relata fofocas de bastidores de Hollywood. Ele também teve carreira como artista visual.
Segundo o New York Times, a linguagem pop com a qual Anger se consagrou também abriu portas para o surgimento dos videoclipes.
Redação / Folhapress