Com quase 50 anos de carreira, o cantor, compositor e um dos maiores hitmakers da história da música popular brasileira Guilherme Arantes, emplacou uma série de sucessos na sua própria voz e na voz de outros grandes nomes da MPB. Nesta matéria, confira curiosidades sobre a vida e carreira dr Guilherme Arantes.
15 curiosidades sobre a vida e carreira de Guilherme Arantes
1- Guilherme Arantes já foi chamado de “mestre do pop brasileiro”
Nos anos 80, Guilherme Arantes – com seu dom para criar melodias cativantes e letras extremamente fortes e sensíveis – chegou a colocar 12 músicas em primeiro lugar nas paradas de sucesso do país. Foi chamado pela Revista Rolling Stone Brasil de mestre do pop brasileiro.
2- Arantes ocupa a posição 93 na lista dos 100 maiores artistas brasileiros de todos os tempos
A mesma revista, colocou Guilherme na lista dos 100 maiores artistas brasileiros de todos os tempos, em 2008, ocupando a posição 93.
3- É um dos 20 artistas que mais tiveram canções em novelas
Guilherme é um dos 20 artistas que mais tiveram canções incluídas nas trilhas sonoras de novelas brasileiras, com 27 músicas suas embalando as tramas das telinhas.
4- Guilherme Arantes contribuiu decisivamente para o surgimento do new wave no Brasil
Um dos maiores pianistas do país, é um dos poucos brasileiros a integrar o hall da fama da tradicional fabricante americana de pianos Steinway & Songs e contribuiu decisivamente para o surgimento do estilo new wave no Brasil, compondo – em 1981 – a canção Perdidos Na Selva, considerada a primeira música do gênero no país, junto com Júlio Barroso e Márcio Vaccari.
New wave é uma vertente do rock, surgida no fim da década de 1970, com traços de pop e da música eletrônica e disco. Dançante e alegre, foi o gênero musical mais popular e influente do mundo na década de 1980, até o início da década 1990.
5- Começou a estudar piano quando criança
Nascido em São Paulo, em 1953, Guilherme Arantes estudou piano quando criança e conta que não era um aluno excelente, daqueles estudiosos, mas acabava tirando as músicas de ouvido, com uma facilidade tremenda.
Antes do piano, já tocava cavaquinho e bandolim.
6- Seu pai foi determinante em sua formação musical
Seu pai, médico, teve um papel determinante na sua formação musical: tocava violão super bem, com uma linguagem bem brasileira, regional/tradicional, com sambas, sambas-canção e chorinhos. Também levava pra casa discos do momento, da bossa-nova aos Beatles, sempre antenado às novidades.
7- Guilherme Arantes considera Tom Jobim como seu “Rei Absolutíssimo”
Guilherme Arantes conta em seu site, que os discos mais ouvidos e que tornaram-se influência para ele foram: em primeiro lugar, Chega de Saudade, de João Gilberto, depois Edu Lobo, Baden Powell, Elis e Tom (aliás, o músico cita Tom Jobim como seu “Rei Absolutíssimo”), Chico, Caetano, Gil, Milton e os mineiros do Clube da Esquina. De internacionais, gostava de Glenn Miller, Ray Charles, The Beatles, Rolling Stones, Santana, The Who, Eric Clapton e muitos outros artistas da década de 60.
8- Quando adolescente, fundou o conjunto Polissonante
Conta também da sensação maravilhosa de presenciar o novo, com os Festivais de Música Popular Brasileira dessa época, vendo com os próprios olhos a chegada de uma geração de ouro da MPB. Ainda adolescente, fundou o seu primeiro conjunto, com amigos da escola, o Polissonante.
9- Prestou Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP
Em seguida, estreou como músico profissional, tocando na banda que acompanhava Jorge Mautner, apresentado por seu primo Solano Ribeiro e pelo maestro e seu grande incentivador, Rogério Duprat.
Acabou prestando Arquitetura e entrando na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, a FAU.
10- Integrou a banda Moto Perpétuo
Mas, já no segundo ano, conheceu o violonista Cláudio Lucci e se juntou a ele e ao baterista Diógenes para formar a banda Moto Perpétuo, que unia o rock progressivo à MPB, principalmente a música mineira que se fazia no Clube da Esquina, movimento com o qual Guilherme Arantes tem uma grande identificação.
Logo disse adeus à arquitetura. Em 1974, chegou a lançar um álbum com a banda, em que atuava como tecladista, pianista e vocalista. No disco Moto Perpétuo – que depois tornou-se um álbum clássico cult da MPB – compôs nove das onze canções, entre elas: Mar e o Sol, Matinal e Os Jardins. Também faziam parte da banda: Gerson Tatini no baixo e Egídio Cond na guitarra.
11- Seu primeiro super hit foi “Meu Mundo e Nada Mais”
No ano seguinte, 1975, Guilherme Arantes já sai em carreira solo e estoura imediatamente com o seu super hit Meu Mundo e Nada Mais, incluída na trilha da novela Anjo Mau, da TV Globo. Com o sucesso da canção, lança – em 1976 – o seu primeiro álbum, Guilherme Arantes, aclamado pelo público e pela crítica.
No álbum de estreia, além de Meu Mundo e Nada Mais, estão os sucessos: Cuide-se Bem e Nave Errante.
12- Guilherme Arantes compôs “Meu Mundo e Nada Mais” quando tinha apenas 16 anos
Em 2009, a Revista Rolling Stone Brasil colocou a canção Meu Mundo e Nada Mais na lista das 100 maiores músicas brasileiras de todos os tempos, na posição 87. Guilherme Arantes compôs essa canção sete anos antes dela estourar, em 1969, com apenas 16 anos.
13- “Aprendendo a Jogar” e “Só Deus é Quem Sabe” foram escritas para Elis Regina
Em 1977, lança o seu segundo disco, Ronda Noturna, que conta com o super hit Amanhã e o sucesso Baile de Máscaras.
Ainda nos anos 70, lançou os discos A Cara e a Coragem (1978) e Guilherme Arantes (1979), que conta com a clássica canção Êxtase.
No ano de 1980, Guilherme grava o disco Coração Paulista e escreve duas canções especialmente para Elis Regina e a pedido da cantora: Aprendendo a Jogar e Só Deus é Quem Sabe, que entram para o disco Elis e são um sucesso imediato na voz da Pimentinha.
14- Em 1981, “Planeta Água” fica em segundo lugar no Festival MPB Shell 81
Em 1981, Guilherme compõe a canção Deixa Chover, que explode como trilha da novela Baila Comigo. No mesmo ano, escreve um dos maiores sucessos da sua carreira e uma das músicas mais importantes da nossa MPB, além de uma das principais canções nacionais que trata da questão do meio ambiente: Planeta Água.
Com a canção, fica em segundo lugar no Festival MPB Shell 81.
15- Participou do filme “Garota Dourada”, de 1984
– Ainda em 1981, Guilherme participa da trilha sonora do filme nacional Menino do Rio, com a canção Sob o Azul do Mar, em parceria com Nelson Motta. Na continuação do filme – Garota Dourada, de 1984 – compõe três canções da trilha e ainda participa como ator.
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