SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um homem de 22 anos foi preso neste sábado (27) por suspeita de matar a modelo-mirim Ana Clara Santos Sandes, 14, no município de União (PI).
O rapaz, que não teve a identidade revelada, foi preso na casa de parentes em Teresina, a 54 km do local do crime, segundo a Polícia Civil. A prisão temporária pode durar até dois meses.
Ana Clara foi morta no último domingo (21) com um tiro no pescoço. O corpo dela foi abandonado no terraço de uma casa perto de onde morava.
A polícia diz que a adolescente foi arrastada para o imóvel a fim de que o corpo demorasse a ser encontrado. A dona da casa relatou à polícia que não conhecia a vítima, mas, segundo investigadores, o local é ponto de venda de drogas e pertence a amigos do suspeito.
Segundo a polícia, o suspeito foi visto por testemunhas com a vítima na noite do crime. Ela saiu de casa acompanhada por ele em uma moto. Imagens de circuito interno mostram que ele levou Ana Clara ao local do crime.
A polícia trabalha com duas linhas de investigação: feminicídio ou acidente no manuseio da arma, uma vez que o calibre era pequeno e a bala não transfixou o pescoço da vítima. A polícia não descarta o envolvimento de uma segunda pessoa no crime.
A delegada Nathalia Figueiredo diz que, a princípio, não foram encontrados elementos que indiquem que a vítima tenha sofrido violência sexual. Os laudos cadavérico e da perícia são aguardados. Segundo ela, ainda não se sabe a motivação do crime.
‘Uma vida toda pela frente’
Parentes relataram que Ana Clara havia se mudado para a casa de parentes há 45 dias para estudar e fazer um curso de manicure.
Os tutores só souberam no dia seguinte ao desaparecimento que ela havia sido morta.
A mãe da jovem, Ana Cleres Matos dos Santos, 40, que mora no Maranhão, falou com a filha por telefone horas antes do crime. Ela teria dito à mãe que iria dormir.
“Minha sobrinha era linda, uma vida toda pela frente, educada, esforçada, com muitos sonhos. Não merecia ter morrido desta forma. Eu sempre pedi pra ela tomar cuidado com más companhias”, disse ao UOL Vicleuson Nascimento Dos Santos, tio da vítima.
PATRÍCIA CALDERÓN / Folhapress