SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Os surfistas Filipe Toledo e Italo Ferreira fizeram coro às críticas de Gabriel Medina sobre os critérios nas notas da Liga Mundial de Surfe (WSL).
Italo iniciou o longo texto nas redes sociais afirmando que seu intuito não é atacar, mas que ele está sendo consumido pelo silêncio. A publicação se deu horas após o protesto de Medina.
O medalhista olímpico exaltou a união da comunidade brasileira do surfe e afirmou que irão se unir pelo “desenvolvimento e progresso” do esporte.
Filipinho desabafou que está exausto psicologicamente por passar dez anos “engolindo seco”. Ele se pronunciou dizendo que deseja que a voz dos surfistas seja “ouvida e respeitada”.
Ele cobrou mudanças para a evolução do surfe com “justiça e transparência”. Toledo também pediu que não ataquem surfistas de outras nacionalidades, como ocorreu com o australiano Ethan Ewing, que eliminou Medina em Surf Ranch Pro.
No domingo (28), Gabriel Medina disparou nas redes sociais contra a “falta de clareza e inconsistência” na definição das notas após a sua eliminação nas quartas de final da etapa. Ele enfatizou que os eventos recentes estão chocando a comunidade brasileira do esporte.
O surfista tricampeão Medina afirmou que a avaliação dos juízes está recompensando um surfe “muito simples e transições incompletas”. Por outro lado, segundo ele, progressão e variedade não estão sendo valorizados..
O brasileiro cobrou a WSL por transparência nos critérios e afirmou que isso “ameaça o crescimento” do surfe. Ele opinou que, se nada for feito, fãs e patrocinadores acabarão se afastando da modalidade.
POLÊMICA
Medina foi eliminado por Ethan Ewing e não avançou à semifinal da etapa. Os dois somaram a mesma pontuação na bateria (14,67), mas o australiano se classificou por ter tirado a nota mais alta (9,07 contra 8,67).
A comunidade brasileira do surfe manifestou sua indignação nas redes sociais. Fãs, celebridades e internautas se revoltaram com as notas mais baixas de Medina, mesmo considerando que foram “mais complexas” do que as do surfista australiano.
A mãe do brasileiro disparou contra a WSL após a derrota do filho. Simone Medina disse que foi “o maior roubo da história depois de Trestles”.
O adversário de Medina foi eliminado por Italo Ferreira na fase seguinte – por 16,60 a 16,36. O campeão, no entanto, foi o norte-americano Griffin Colapinto, que bateu o medalhista olímpico brasileiro na final por 17,77 a 17,13.
Redação / Folhapress