SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Mario Sergio Grativol, de 60 anos, ex-namorado de Susane Martins da Silva, de 49, foi solto cinco dias após determinação da Justiça. Susane foi presa em flagrante na semana passada por suspeita de enviar bombons envenenados que mataram uma mulher no Rio.
O comerciante foi preso após ser denunciado e enquadrado na Lei Maria da Penha por supostas agressões contra Susane, com quem ele tinha um relacionamento.
As denúncias, porém, foram forjadas, segundo alega a defesa de Mario. A suspeita é de que a mulher teria o incriminado por ciúme da relação entre o comerciante e Lindaci Viegas Batista, 54, que morreu envenenada por bombons enviados por Susane.
“Ele estava solto e ela forjou uma mensagem de ameaça do Facebook dele para ela. A gente tem essas provas, elas estão com a polícia, em outro processo sobre esse crime de violação das redes sociais dela”, explicou o advogado Marcio Grativol, que também é irmão de Mario.
Segundo a Justiça, Mario foi solto “em razão da inexistência dos requisitos da preventiva”. Além disso, segundo nota enviada pelo TJRJ, o que fundamentava a prisão do acusado “era a necessidade de garantir a integridade física e mental” de Susane. No entanto, com a prisão dela, o acusado não tem mais como ter contato com a ex-namorada.
A Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) informou que Mario deixou a cadeia no final da tarde desta segunda-feira (29) “após a chegada do respectivo alvará de soltura à unidade prisional”.
O CRIME
Lindaci Viegas Batista recebeu o presente, sem remetente, de um motociclista e começou a passar mal após comer os bombons. A entrega foi feita na loja de seu namorado, na rua Rocha Fragoso, em Vila Isabel, zona norte da cidade.
A vítima foi socorrida por policiais militares e levada ao Hospital Federal do Andaraí, mas morreu no local ainda no sábado (20). Ela foi enterrada na última segunda-feira (22), no cemitério do Catumbi.
Segundo a polícia, havia um relacionamento conturbado de Susane com o marido, com muitas idas e vindas. Susane sempre desconfiou que Mario a estava traindo com Lindaci e resolveu se vingar justamente no dia do aniversário dela, para não chamar atenção.
De acordo com o responsável das investigações, o delegado Fabio Souza, o crime foi premeditado: “Susane chegou a chorar na delegacia, contou histórias desconexas, mas não negou o crime. Ela preferiu ficar em silêncio e não apresentou resistência. Em relação ao filho dela, primeiro temos que saber se ele tinha conhecimento que tinha veneno nos bombons. Caso sim, a tipificação do crime pode ser agravada e ele também vai responder pelo crime”, disse o titular da 20ª DP à reportagem.
Redação / Folhapress