INSS começa a pagar 13º a quem ganha mais do que o salário mínimo; veja calendário e cuidados com o dinheiro extra

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) começa a pagar, nesta quinta-feira (1º de junho), a primeira parcela do 13º salário a aposentados, pensionistas e demais beneficiários que recebem mais do que um salário mínimo, de R$ 1.320 neste ano.

A liberação dos valores vai até 7 de junho, conforme o final do benefício, sem considerar o dígito verificador. As parcelas do abono de Natal foram adiantadas em 2023, a exemplo do que ocorre desde 2020.

Em junho, o órgão libera a segunda parcela. O pagamento começa no dia 26 de junho e vai até 7 de julho. Recebem primeiro os segurados com direito a um salário mínimo, conforme o final do benefício, e, depois, a partir do mês seguinte, é liberado o montante a quem tem benefício maior.

O pagamento do 13º é feito junto com o benefício mensal.

**VEJA O CALENDÁRIO DO 13º DO INSS EM MAIO**

Para quem ganha um salário mínimo de R$ 1.320 Final do benefício Data do depósito 1 25/mai 2 26/mai 3 29/mai 4 30/mai 5 31/mai 6 01/jun 7 02/jun 8 05/jun 9 06/jun 10 07/jun Para quem ganha acima do salário mínimo Final do benefício Data do depósito 1 e 6 01/jun 2 e 7 02/jun 3 e 8 05/jun 4 e 9 06/jun 5 e 0 07/jun

**VEJA O CALENDÁRIO DO 13º DO INSS EM JUNHO**

Para quem ganha um salário mínimo de R$ 1.320

Final do benefício Data do depósito

1 26/jun

2 27/jun

3 28/jun

4 29/jun

5 30/jun

6 03/jul

7 04/jul

8 05/jul

9 06/jul

10 07/jul

Para quem ganha acima do salário mínimo

Final do benefício Data do depósito

1 e 6 03/jul

2 e 7 04/jul

3 e 8 05/jul

4 e 9 06/jul

5 e 0 07/jul

**O QUE FAZER COM O 13º DO INSS?**

O pagamento adiantado é uma reivindicação dos aposentados do INSS, porém, muitos se queixam que ficam sem abono no final o ano, quando não há mais nenhuma parcela extra a ser recebida.

A educadora financeira Cíntia Senna, da Dsop, afirma que o aposentado deve avaliar bem o que fará com o 13º para não gastar de uma vez e ficar sem nenhum dinheirono futuro. “Em tese, o aposentado estaria recebendo o dinheiro só lá no final do ano, é como se ele não existisse. Ele deve fazer a gestão desse recurso”, afirma ela.

A dica da educadora é poupar ao menos parte dele -se não todo o valor- e fazer algum investimento seja possível. “Será que eu preciso gastar esse valor agora? Será que posso reservar parte dele para o final do ano? É um caminho, uma possibilidade”, diz.

Pagar dívidas é uma das possibilidades, mas Cíntia também pontua que é preciso pensar muito antes de quitar o que está devendo, ou mesmo parcelar uma dívida, e seguir inadimplente depois. “E preciso avaliar. Vou quitar uma dúvida e ficar sem reservas? Esse dinheiro vai resolver o problema ou só vai me dar um acordo que saio da inadimplência, mas continuo com dívida?”, diz.

Segundo a Serasa, uma pesquisa do órgão feita entre os dias 18 e 23 de maio com 1.754 aposentados e pensionistas do INSS mostra que 37% deles têm intenção de utilizar antecipação do 13º salário para pagar dívidas.

Em abril, o Mapa de Inadimplência e Negociações da Serasa apontou alta no número de devedores. Ao todo, 71,4 milhões de brasileiros estavam inadimplentes, dos quais 17,7% eram consumidores acima de 60 anos.

Para tentar conter o avanço de devedores, a Serasa está negociando mais de 15 milhões de dívidas de aposentados na plataforma Serasa Limpa Nome. São 500 empresas parceiras de diversos segmentos como bancos, lojas, telefonia, água, luz e gás, entre outros (clique aqui para ver como renegociar sua dívida).

**QUANTO O APOSENTADO RECEBE DE 13º**

A primeira parcela do 13º é paga sem nenhum desconto e corresponde à exata metade do benefício mensal de quem já estava aposentado em janeiro. Para quem ainda não recebia benefício do INSS em janeiro, os valores liberados de 13º são proporcionais, conforme a quantidade de meses em que o segurado passou a receber a aposentadoria, a pensão ou o auxílio.

A segunda parcela tem desconto do IR, no caso de quem está obrigado a pagar. Neste ano, a tabela do Imposto de Renda foi atualizada pelo governo, com elevação da faixa de isenção e desconto-padrão de R$ 528 sobre os rendimentos, o que fará com que os contribuintes paguem menos imposto. Além disso, 13,7 milhões devem ficar isentos do IR com a elevação da faixa inicial.

CRISTIANE GERCINA / Folhapress

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