Gilberto Gil fala sobre saúde da filha, Preta Gil

Gilberto Gil e Preta Gil (Reprodução/Instagram)
Gilberto Gil e Preta Gil (Reprodução/Instagram)

Prestes a completar 81 anos no fim deste mês, Gilberto Gil afirmou, em entrevista, estar aflito com o estado de saúde de sua filha, a cantora Preta Gil, de 48 anos, que enfrenta um câncer no intestino.

“É uma aflição ver uma menina, uma filha que nem tem 50 anos, sofrendo de uma doença apavorante. Falo com a Preta o tempo todo, com os médicos e leio a respeito. Ela vive cercada pela família e estamos reunindo forças e propósitos para lhe dar o melhor tratamento, renovar sua disposição e sua positividade espiritual. Juntamente a isso, temos de lidar com a ameaça da morte. Tenho dito palavras de resignação àquilo que é inevitável, ao mesmo tempo que buscamos condições para a cura”, afirmou o artista à Veja.

Na mesma entrevista, disse ter cinco músicas inéditas, ainda sem letras, e que não se vê em grandes palcos para sempre. Repassando a época tropicalista, o compositor falou sobre os anos da juventude, em que adotou um comportamento libertário, experimentando drogas e todos os tipos de afetos.

“Nunca tive tesão num homem, como se diz. No entanto, por razões de delicadeza natural, educação finura do trato, já tive proximidade com a sexualidade de outro, de outros. Essas questões de amor, amizade e respeito foram possíveis em momentos em que a sexualidade era uma coisa mais vibrante em mim. Como disse, houve épocas em que se aproximou de outros, mas nunca da mesma forma como de outras. Para mim, jamais foram coisas iguais”, disse ele.

Em 1976, Gil foi condenado a um ano de prisão por porte de maconha, pena convertida numa internação psiquiátrica. Atualmente, o compositor afirma não fumar regularmente.

“Eventualmente, posso dar um ‘tapa’. Usei de 1967 até 2010, mas deixei porque passou a me dar uma leve taquicardia. Antes, gostava de fumar para tocar, cantar, compor. Nunca gostei de cocaína. Durante o exílio em Londres, no pós-tropicalismo, tomei ácidos. Experimentei tudo que uma viagem lisérgica propicia –o surreal, o surrealismo e o cubismo. Esses experimentos me interessavam na época e se refletiam na atitude musical. Também era um elemento que ajudava na adaptação à vida fora e à atmosfera londrina. Caetano sempre foi ‘Caretano’, nunca se interessou por essas viagens. Já Rita Lee era parecida comigo, apreciava essas experiências.”

Redação / Folhapress

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