SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As vendas de ingressos para a turnê “The Eras Tour”, de Taylor Swift, não têm sido caóticas só no Brasil. Nos Estados Unidos, o caso foi parar na Justiça com uma investigação em andamento.
Na ocasião, fãs da cantora reclamaram de serem expulsos da fila virtual e de perderem tíquetes que já estavam em processo de compra. As pré-vendas foram tão caóticas que a Ticketmaster cancelou a venda geral de entradas alegando que a demanda havia sido tão alta que o estoque acabou.
O Senado dos EUA convocou uma audiência judicial para tentar resolver o impasse, dado que não é a primeira vez que pessoas têm transtornos com a Ticketmaster. Os senadores questionam se, depois que Live Nation Entertainment e Ticketmaster se fundiram em 2010, as empresas não criaram um monopólio e passaram a controlar injustificadamente o mercado de bilheterias virtuais. Os dois nomes são gigantes do ramo.
Jack Groetzinger, cofundador da empresa SeatGeek, uma concorrente da Ticketmaster, disse à revista Time que a falta de concorrência no setor “prejudica significativamente a inovação e que quem sofre são os consumidores”. Ele ainda afirmou que problemas com vendas de ingressos na internet só vão acabar se a Ticketmaster e a Live Nation se desmembrarem.
O músico Clyde Lawrence compareceu à audiência para testemunhar contra a Ticketmaster. Segundo ele, os artistas não conseguem negociar com a empresa por causa do seu suposto monopólio da indústria. Ele disse também que a Ticketmaster decide quanto cobrar de taxa dos consumidores e que os músicos não recebem nada por isso.
Joe Berchtold, o diretor financeiro da Live Nation, negou que a empresa comande o mercado, e diz que seu controle fica entre 50% e 60%.
No Brasil, o Procon-SP notificou a empresa Tickets For Fun para que ela explique os problemas na venda de ingressos para os shows de Swift que serão realizados em novembro em São Paulo.
Segundo análise preliminar do órgão, as entradas se esgotaram rapidamente nos canais oficiais online, e estão sendo anunciadas e vendidas a preços muito maiores em sites paralelos, prática que é ilegal e indica cambismo digital.
Redação / Folhapress