SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A deputada federal Rosangela Moro (União Brasil) nomeou duas assessoras do ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que teve sua cassação confirmada pela Câmara no início do mês, para que elas trabalhem no gabinete dela.
As nomeações foram formalizadas no dia 6 de junho. As contempladas foram Francisca Rodrigues de Oliveira Gomez e Ludmila Vanderley Boaventura Ramos.
Francisca e Ludmila vão continuar sendo secretárias parlamentares no gabinete de Rosangela. Os salários delas, já com descontos obrigatórios, são de R$ 3,4 mil e R$ 5,1 mil, respectivamente.
DELTAN PERDEU MANDATO COM BASE NA LEI DA FICHA LIMPA
O ex-deputado foi cassado por unanimidade em maio pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele perdeu o mandato com base na Lei da Ficha Limpa. Para a Corte, o ex-parlamentar fraudou a lei ao deixar o cargo de procurador com processos administrativos em aberto contra ele.
Deltan foi o candidato a deputado mais votado do Paraná, com quase 345 mil votos.
COMO FOI O PROCESSO DE CASSAÇÃO?
Os ministros do TSE acataram dois recursos apresentados contra a candidatura de Deltan Dallagnol no ano passado. Um havia sido movido da Coligação Brasil da Esperança, do presidente Lula (PT), e outro pelo PMN.
Além de citar o pedido de exoneração, o recurso apontou que Dallagnol havia sido condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em um processo que avaliou o pagamento de diárias a procuradores da Lava Jato.
O TRE no Paraná rejeitou os pedidos, mas a coligação e o partido recorreram ao TSE, que reverteu a decisão nesta terça (16).
O vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco, havia se manifestado a favor de Deltan. “É irrelevante cogitar da motivação do requerimento de exoneração antes do término dos procedimentos distintos do processo administrativo disciplinar”, disse.
O QUE DISSE DELTAN APÓS CASSAÇÃO?
Deltan Dallagnol falou estar ‘indignado’ e ser vítima de vingança, após ter o mandato de deputado federal cassado..
O ex-procurador da Lava Jato se pronunciou à imprensa em nota oficial.
Redação / Folhapress