SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O que era para ser um dia de festa com os amigos na Parada LGBT+, realizada no último domingo (11) em São Paulo, acabou virando um transtorno com prejuízos ao médico-cirurgião Vinícius Lacerda, 34.
Ele parou na esquina da avenida Paulista com a rua Frei Caneca para mandar uma mensagem para um amigo, informando sua localização, quando um ladrão passou e tomou seu aparelho, um iPhone 14 Pro Max, da Apple, marca preferida dos criminosos.
O bandido e o celular sumiram em meio à multidão, e Lacerda se deu conta de que havia entrado para as estatísticas. Sem clima, resolveu voltar para casa para realizar os procedimentos convencionais em casos de roubo ou furto, como registrar um boletim de ocorrência por furto e bloquear o aparelho.
Depois, ao acessar a ferramenta “buscar iPhone” pelo celular do namorado, viu que o aparelho estava na rua Guaianases, no centro da capital, que têm recebido fluxo de usuários da cracolândia.
Recentemente a Folha de S.Paulo revelou que o local é um dos esconderijos de telefones e outros objetos roubados na capital. Outra reportagem mostrou que os criminosos possuem até tabelas com valores a serem pagos aos ladrões de iPhone.
Lacerda contou em um post no Twitter a situação pela qual passou. Na publicação, outras pessoas disseram ter sido vítimas do mesmo crime.
Após um breve período na região da cracolândia, o celular de Lacerda migrou para outro ponto e, nesta quinta-feira (15), estava na rua da Graça, no Bom Retiro, a cerca de 1,5 km da rua Guaianases, ainda segundo a ferramenta de busca do iPhone.
“[Tenho] uma sensação de impunidade. Uma situação recorrente que não está sendo adequadamente investigada”, disse o médico.
ROUBO NA ZONA SUL
O economista Bernardo Ridolfi, 38, passou por um susto maior no último dia 2. Ele conta que estava em um táxi na avenida Santo Amaro, na zona sul, quando ladrões abordaram o veículo e exigiram que o vidro do passageiro fosse aberto. Nesse instante, teve uma arma apontada para a sua cabeça e entregou seu iPhone 13.
Ridolfi diz que passou a acompanhar a localização do aparelho, que esteve na rua Guaianases até o dia 6. Afirma ainda que fez boletim de ocorrência e avisou a PM via 190 sobre a localização. E diz que hoje já não consegue mais visualizar o paradeiro do aparelho.
Procurada, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) não se comentou os casos até a publicação deste texto.
PAULO EDUARDO DIAS / Folhapress