Mulher do piloto de submersível desaparecido é descendente de casal morto no Titanic

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Presidente da empresa Oceangate e piloto do submersível Titan, que desapareceu no oceano Atlântico, o empresário Stockton Rush é casado com Wendy Rush, descendente de um casal que morreu no naufrágio do Titanic, em 1912, segundo o jornal americano The New York Times.

Wendy é tataraneta do magnata do setor de varejo Isidor Straus e de sua mulher, Ida. O casal estava entre os passageiros mais ricos e viajava na primeira classe do Titanic, segundo a publicação. O navio afundou no Atlântico horas após bater em um iceberg.

A morte do casal é retratada no filme “Titanic”, de 1997. A obra do cineasta James Cameron foi um enorme sucesso e é considerada uma das produções mais premiadas da história, ao ganhar 11 Oscar.

Sobreviventes do desastre relataram que Isidor Straus recusou um lugar em um dos botes salva-vidas num momento em que mulheres e crianças ainda esperavam para fugir do transatlântico. Ida, sua esposa por quatro décadas, teria dito que não deixaria o marido, e os dois foram vistos de braços dados no convés do Titanic enquanto o navio afundava, segundo o New York Times.

Wendy Rush é diretora de comunicações da empresa Oceangate, que operava o submersível Titan. Ela esteve em três expedições aos destroços do Titanic em 2021, 2022 e 2023, de acordo com sua página na rede social LinkedIn.

O corpo de Isidor Straus foi encontrado no mar cerca de duas semanas após o naufrágio do Titanic. Os restos mortais de Ida Straus nunca foram recuperados.

Além de Stockton Rush, embarcaram no submersível que desapareceu o bilionário britânico Hamish Harding, 58 (presidente-executivo da empresa Action Aviation), o empresário paquistanês Shahzada Dawood, 48 (vice-presidente do conglomerado Engro), e seu filho Suleman, 19, e o francês Paul-Henry Nargeolet, 77 (mergulhador especialista no naufrágio).

A proposta de Stockton Rush era aumentar o acesso do público ao oceano profundo, de acordo com o site da companhia. Para isso, desenvolveu uma embarcação que tem apenas um botão, que muda de vermelho para verde quando é acionado, e vice-versa. O empresário afirmou à emissora americana CBS, o veículo não exige muita habilidade para condução. “É como se fosse um elevador.”

A empresa foi alertada sobre a insegurança de seu maquinário, mas discordou das críticas —por se tratar de uma inovação, justificou a companhia, o empreendimento não atenderia aos padrões atuais de certificação. Em carta de 2018 endereçada a Rush, o comitê de veículos subaquáticos da Sociedade de Tecnologia Marítima, grupo que reúne líderes da indústria de embarcações submersíveis, alertou para possíveis consequências “catastróficas” em decorrência da abordagem experimental.

Autoridades canadenses e dos EUA fazem uma corrida para localizar o veículo, que, segundo estimativas, teria oxigênio apenas até a manhã desta quinta-feira (22) —o suprimento de ar depende de uma série de fatores, incluindo se o submersível permanece intacto e ainda tem energia.

Redação / Folhapress

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