Polêmicas de Musk envolvem luta livre, calote e emoji de cocô

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A luta livre supostamente marcada entre Mark Zuckerberg e Elon Musk é só mais uma das polêmicas em que o bilionário sul-africano se envolveu desde que assumiu o comando do Twitter, em outubro de 2022.

Só nos últimos meses, o magnata anunciou calote no aluguel da empresa, comparou George Soros ao vilão Magneto e instituiu a política de responder a qualquer pedido da imprensa com um emoji de cocô.

Relembre, abaixo, as principais controvérsias recentes protagonizadas por Musk.

SUSPENSÃO POR USO DO TERMO “CISGÊNERO”

Em 21 de junho, o empresário afirmou que usar o termo “cis” ou “cisgênero” -que designa quem não é pessoa trans, travesti ou não binária -para se referir a alguém no Twitter é considerado calúnia e entendido como assédio, podendo gerar suspensão da plataforma.

A publicação do CEO foi feita em resposta a James Esses, fundador da Thoughtful Therapists, entidade que milita contra os direitos da comunidade trans, como o acesso a acompanhamento médico ao longo da transição.

CALOTE NO ALUGUEL

No primeiro trimestre, o Goldman Sachs foi atingido por um aumento da inadimplência em empréstimos imobiliários comerciais, alimentada em parte pela recusa de Musk pagar o aluguel do Twitter, segundo relatórios recebidos pela entidade bancária licenciada do Goldman junto à FDIC (Comissão Federal de Seguro de Depósitos dos EUA).

O Twitter parou de pagar o aluguel em novembro de 2022, e o executivo disse aos funcionários que não pretende reiniciar os pagamentos ou cobrir dívidas vencidas, segundo ações judiciais.

ACUSAÇÃO DE INSIDER TRADING

Musk está sendo acusado de insider trading em uma ação coletiva aberta por investidores que acusam o presidente-executivo da Tesla de manipulação da criptomoeda Dogecoin, o que lhes teria custado bilhões de dólares.

Em um processo apresentado em 31 de maio no tribunal federal de Manhattan, investidores disseram que Musk usou publicações no Twitter, pagou influenciadores online e usou sua aparição em 2021 no programa “Saturday Night Live”, da NBC, e outras “acrobacias publicitárias” para fazer trades lucrativos em detrimento dos investidores por meio de diversas carteiras de Dogecoin controladas por ele ou pela Tesla.

ATAQUE A GEORGE SOROS

Em uma série de postagens em meados de maio, Musk fez ataques ao investidor filantropo George Soros, acusando-o de “odiar a humanidade” e comparando-o ao vilão da Marvel Magneto, da franquia X-Men.

Os comentários foram feitos três dias depois de o fundo de investimento de Soros anunciar que havia vendido ações da montadora Tesla.

“Soros me lembra o Magneto”, escreveu o bilionário sul-africano, em uma publicação que repercutiu e rendeu acusações de antissemitismo. Isso porque Soros, assim como o personagem Magneto, tem origem judaica.

CRÍTICAS AO TRABALHO REMOTO

O bilionário fez duras críticas ao modelo de trabalho remoto em 16 de maio.

“Querem que todo mundo vá trabalhar, o operário de fábrica, o chef de restaurante, para lhes entregar comida, mas eles, não! É um absurdo!”, criticou o empresário, em referência àqueles que defendem o trabalho em casa. As declarações foram feitas em entrevista transmitida pela rede americana CNBC.

Musk classificou a atitude desses trabalhadores como “moralmente errada” e prejudiciais à produtividade e disse que só tira dois ou três dias de férias por ano.

EMOJI DE COCÔ PARA A IMPRENSA

Desde 19 de março, o email oficial do Twitter para atender a profissionais da imprensa passou a responder a todas as solicitações de forma automática com um emoji de cocô. A informação foi divulgada pelo próprio CEO da empresa em seu perfil na rede social.

À época, a Folha de S.Paulo fez três tentativas de contato no [email protected] e recebeu como resposta a figurinha. Em geral, o endereço é utilizado por profissionais do jornalismo para cobrar posicionamentos oficiais e informações da empresa.

Redação / Folhapress

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