Aniversário de Elza Soares, a Mulher do Fim do Mundo

Uma potência em forma de mulher. Uma potência em forma de mulher artista. Uma potência em forma de mulher preta artista brasileira. Essa é Elza Soares. E sempre será. Se não tivesse nos deixado em janeiro de 2022, Elza completaria 93 anos no dia de hoje. Por isso, preparamos uma matéria especial e uma playlist para homenagear esta gigante da MPB. 

Conheça a vida e obra de Elza Soares, uma das maiores artistas da MPB | Foto: Divulgação

Elza Soares: a mulher do fim do mundo. Que cantou até o fim.

Cantora e compositora, Elza teve uma trajetória inigualável na música popular brasileira e também uma história de vida marcante.

Sua voz única e potente – rouca e vibrante – é sua marca registrada, além da interpretação poderosa que entregou em cada uma de suas suas canções e das letras com mensagens certeiras, presentes em tudo o que gravou, sempre trazendo à tona questões sociais, políticas e raciais de extrema importância, principalmente sobre racismo, desigualdade e feminismo.

A aniversariante do dia gravou grande parte dos principais compositores brasileiros, de gêneros e épocas diferentes, colocando sua impressão digital em cada interpretação.

Em 1999, Elza Soares foi eleita, pela Rádio BBC de Londres, como a cantora brasileira do milênio. Ela também ocupa a 16ª posição na lista das 100 maiores vozes brasileiras, elaborada pela Revista Rolling Stone Brasil, em 2012.

Sua vida é sinônimo de resistência, resiliência e sobrevivência. Passou por vários traumas e tragédias e fez disso tudo combustível para a sua arte e para a sua música, levando sua mensagem para outras mulheres e pessoas pretas. A cada queda, se levantava maior.

A história de Elza Soares

O início – nada fácil – de tudo 

Elza Soares nasceu em 1930, na comunidade Moça Bonita – hoje Vila Vintém – no bairro Padre Miguel, no Rio de Janeiro. Filha de um operário e uma lavadeira, tinha nove irmãos e uma vida muito humilde. Logo mudaram-se para o bairro da Água Santa, onde foi criada.

Começou a cantar ainda criança, com o pai, que gostava de tocar violão nas horas vagas. Também ajudava a mãe nos serviços, levando latas d’água na cabeça. 

Entre seus 12 e 13 anos, teve a infância interrompida ao ser obrigada pelo pai a abandonar os estudos para casar-se com um conhecido da família que havia tentado abusar sexualmente dela. Nesse casamento forçado, Elza era constantemente submetida à violência doméstica e sexual. 

Entre os 13 e 14 anos, deu à luz ao seu primeiro filho. Aos 15, passou por outro grande trauma: seu segundo filho morreu de fome. O marido estava com tuberculose e Elza Soares passou a trabalhar como encaixotadora e conferente em uma fábrica de sabão e também em um manicômio.

Quando o marido se recuperou, impediu Elza de trabalhar.

Aos 21 anos, ela ficou viúva, com quatro filhos para criar, além de já ter perdido mais um filho recém nascido para a desnutrição. Além disso, sua filha recém-nascida havia sido sequestrada um ano antes. O casal que tomava conta da menina enquanto Elza trabalhava sumiu com a criança, que a cantora procurou por trinta anos e só reencontrou-a já adulta. A filha não sabia de nada.

Planeta Fome

Nesta época, Elza Soares trabalhava como faxineira para sustentar os filhos, mas o seu amor e aptidão pela música a acompanhavam desde que era criança.

Confiante em seu talento para cantar, mesmo sem o apoio da família, inscreveu-se – em meados de 1953 –  no concurso musical do programa da Rádio Tupi, Calouros em Desfile, apresentado pelo compositor Ary Barroso

Para a apresentação, Elza usou uma roupa da mãe – que tinha quase vinte quilos a mais que ela – ajustada com vários alfinetes de fralda. Quando ela subiu ao palco, foi recebida pelo auditório e pelo apresentador com gargalhadas. Ary Barroso tentou ridicularizar Elza perguntando-lhe:

“De que planeta você veio, minha filha?”, no que ela respondeu com firmeza: “Do mesmo planeta que você, Seu Ary. Do Planeta Fome.”

Acontece que, assim que Elza Soares começou a cantar o samba-canção Lama (de Paulo Marques e Alyce Chaves), deixou todos boquiabertos. Tirou nota máxima e Ary Barroso anunciou que ali nascia uma estrela.

Planeta Fome, virou o título de seu 34º álbum, em 2019. As roupas alfinetadas que Elza Soares usou em 1953, foram inspiração para o figurino da turnê do álbum.

Elza Soares, quando jovem | Foto: Arquivo Nacional

As primeiras experiências e o sucesso estrondoso de Elza

Depois disso, Elza começa a cantar na Orquestra Garam de Bailes, mas, muitas vezes, não a permitiam subir no palco, por ela ser uma mulher negra. Era só o início de um tanto de preconceitos que continuaram a acompanhar Elza Soares durante toda a sua vida e carreira. Mas ela não se deixou abalar e continuou lutando por sua arte e sua vida.  

Em 1958, depois de integrar o espetáculo É Tudo Juju-frufru, foi convidada a participar de uma turnê por Buenos Aires com diversos músicos. Acomodada em um hotel, Elza dormiu pela primeira vez em um colchão (em casa, deitava-se sobre esteiras feitas com sacos de farinha de trigo).

O que era para durar alguns dias, demorou quase um ano: a cantora levou um calote e, para não voltar ao Brasil sem nenhum dinheiro e derrotada, permaneceu na Argentina fazendo pequenos shows. 

Quando voltou ao Rio de Janeiro, passou a apresentar-se em casas noturnas que eram frequentadas por importantes músicos da época, como Roberto Menescal e João Gilberto. 

Em uma dessas apresentações, a cantora Sylvinha Telles apresentou Elza Soares ao seu marido, Aloysio de Oliveira, produtor da gravadora Odeon, que a convidou para um teste e em seguida a contratou para gravar o seu primeiro álbum: Se Acaso Você Chegasse, de 1960, que tinha a faixa-título composta por Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins.

O disco teve bastante visibilidade nas rádios e logo Elza Soares tornou-se um imenso sucesso, gravando – no mesmo ano – o seu segundo disco, A Bossa Negra, que tinha entre as canções, o sucesso Beija-me (de Roberto Martins e Mário Rossi).

No ano seguinte, a cantora lançou o álbum O Samba é Elza e – em 1963 – o LP Sambossa, com as composições:

  • Rosa Morena (de Dorival Caymmi);
  • e Só Danço Samba (de Tom Jobim e Vinicius de Moraes), entre outras.

Em 1964, gravou o disco Na Roda do Samba, com os sucessos:

  • Pressentimento (de Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho);
  • e Princesa Isabel (de Sérgio Ricardo). 

Em 1965, foi a vez do álbum O Show de Elza, que contava com os sucessos:

  • Dindi (de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira);
  • Vingança (de Lupicínio Rodrigues);
  • e O Samba da Minha Terra (de Dorival Caymmi).

Em 1967, o disco O Máximo em Samba traz clássicos de Noel Rosa, Ataulfo Alves e Ary Barroso, entre outros.

Entre 1967 e 1969, Elza Soares lançou três LPs com clássicos do samba, ao lado do cantor Miltinho. Em 68, também lançou um disco em parceria com Wilson das Neves, com sucessos do samba e da bossa nova.

Festivais e o Scat

Em 1966, Elza ficou em segundo lugar no II Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, com a canção De Amor ou Paz (de Adauto Santos).

Na edição de 1968, Elza participou novamente e ganhou o prêmio de melhor intérprete feminina com Sei Lá, Mangueira (de Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho).

Elza Soares começou cantando sambas, mas sempre teve – mesmo sem saber o que era na época – uma voz bastante voltada para o jazz. Neste ano de 68, Elza foi aos Estados Unidos e ao México, onde realizou vários shows bem-sucedidos.

A cantora utilizava-se brilhantemente da técnica vocal Scat, que consiste em cantar vocalizando, criando o equivalente a um solo instrumental com a voz. É possível fazer isso, tanto sem usar palavras, quanto usando palavras sem sentido, unindo sílabas soltas.

A técnica foi criada pelo cantor e trompetista norte-americano de jazz, Louis Armstrong, e era muito usada por cantores e cantoras de jazz, mas Elza fazia isso desde que começou, sem nunca ter escutado a música norte-americana antes. Quando ela escutou Louis Armstrong pela primeira vez pensou:

“Esse cara me imita!”.

A história de amor e dor de Elza e Garrincha

Falando em Louis Armstrong, no ano de 1962, Elza Soares foi ao Chile, para cantar representando o Brasil na Copa do Mundo, e conheceu o norte-americano pessoalmente, que ficou impressionado com sua voz e a convidou para ir para os EUA cantar.

Elza não aceitou o convite porque, nesta mesma ocasião, a cantora conheceu o jogador brasileiro Garrincha, por quem se apaixonou e com quem viveu uma forte e conturbada história de amor e também de sofrimentos.

Garrincha era um grande ídolo do futebol e era casado na época. Mesmo depois dele se separar da mulher para ficar com Elza, a cantora foi massacrada pelo público, que a considerava responsável por destruir um casamento sólido, com filhos.

Elza se casou com Garrincha alguns anos depois, mas foi, por muito tempo, perseguida pela mídia, pelo público e sofreu muitos boicotes em sua carreira por conta disso.

Elza Soares e Garrincha | Foto: Reprodução

A cantora chegou a ser ameaçada de morte, sofria ataques na rua e era hostilizada também pelos amigos do atleta. Mesmo assim, os dois ficaram juntos por 17 anos, Elza Soares criou as filhas do jogador, depois que a primeira mulher dele faleceu e os dois tiveram um filho juntos: o Garrinchinha

Por conta das perseguições, não só do público e mídia, mas – principalmente – da ditadura militar, Elza se exilou com sua família por um tempo em Roma, na Itália. Lá, gravou em italiano e chegou a substituir Ella Fitzgerald em uma turnê pela Europa. Em 1971, um convite para um show no Brasil serviu de estímulo para a família voltar.

Quando voltaram, Garrincha passou a sofrer com o alcoolismo e agredia Elza constantemente, tinha crises de ciúme e casos fora do casamento. Elza Soares sofreu por muito tempo calada. 

Outra tragédia na vida de Elza: sua mãe morreu em um acidente de carro em que Garrincha estava dirigindo e isso também colaborou para que o jogador entrasse em depressão e bebesse cada vez mais.

Durante todos estes anos, a cantora tentou ajudar o marido a parar de beber, mas os dois acabaram se separando em 1982. Garrincha faleceu no ano seguinte, por conta de uma cirrose hepática e Elza nunca deixou de declarar o seu amor pelo companheiro de uma vida.

Mais um baque e os altos e baixos da carreira

Em 1986, Garrinchinha, filho de Elza e Garrincha, com apenas 9 anos de idade,  faleceu em um acidente de carro. Mais um baque na vida de Elza Soares, dessa vez o maior de todos.

A cantora teve depressão, tentou se matar, pensou em desistir da carreira e foi morar fora do país por alguns anos, fazendo também terapia para tentar superar a sua perda.

Elza dizia que tirava tudo de letra, mas que a perda de um filho é uma ferida aberta que não cicatriza. Estará sempre presente.

Em 1971, a artista foi coroada Embaixatriz do Samba, pelo Museu da Imagem e do Som.

Em 1976, foi responsável por revelar Jorge Aragão ao Brasil, com a música Malandro, de Jorge Aragão e Jotabê, que ela gravou no disco Lição de Vida.

Em meados dos anos 80, por conta dos acontecimentos em sua vida pessoal, Elza passou por momentos de baixa na carreira, pois não queria cantar mais apenas samba, queria cantar o que sentisse vontade. 

Se revitalizou em 1984, quando Caetano Veloso a convidou para participar do seu disco Velô, gravando com ele a música Língua. No ano seguinte, Caetano e Lobão produziram um LP de Elza, que contava, entre outras, com faixas da autoria da cantora, como Somos Todos Iguais, música que dá nome ao disco, e Exagero.

Em 1986, Elza gravou com Lobão a canção A Voz da Razão (Lobão e Bernardo Vilhena) e, também nos anos 80, gravou com Cazuza a música Milagres (Cazuza, Frejat e Denise Barros), flertando mais um pouco com o rock’n roll.

Em 1988, lançou o LP Voltei, regressando de vez ao Brasil em 1994.

Mais um recomeço no Brasil

Em 1997, Elza lançou Trajetória, seu primeiro disco de estúdio desde 1988. O álbum traz:

  • uma parceria com Zeca Pagodinho, na canção Sinhá Mandaçaia (de Almir Guineto e Luverci Ernesto);
  • uma versão de O Meu Guri (de Chico Buarque);
  • além de composições de Arlindo Cruz, Guinga e Aldir Blanc, entre outros.

Com esse trabalho, Elza Soares ganhou o Prêmio Sharp de Melhor Cantora de Samba.

Ainda em 97, José Louzeiro lançou sua biografia: Elza Soares: cantando para não enlouquecer.

Em 1999, Elza lançou o disco Carioca da Gema – Elza ao Vivo, que conta com clássicos como:

  • Lata D’Água na Cabeça, composição autoral;
  • Lobo Bobo (de Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli);
  • Castigo (de Dolores Duran);
  • Chove Chuva e País Tropical (ambas de Jorge Ben Jor);
  • Desde que o Samba é Samba (de Caetano Veloso).

Em 1999, Elza sofreu uma queda em um show no Rio de Janeiro e passou a se locomover com muita dificuldade.

Em 2014 operou a coluna vertebral por conta desse acidente, em uma cirurgia que poderia ter afetado suas cordas vocais, mas que – pelo contrário – traz de volta uma Elza de voz ainda mais potente no palco, mesmo que com mobilidade reduzida do corpo.

A libertação artística de Elza

A libertação artística de Elza Soares veio em 2002, quando a cantora lançou Do Cóccix até o Pescoço, disco que conta com músicas que trazem à tona pautas sociais importantíssimas como o clássico:

  • A Carne (de Seu Jorge, Marcelo Yuka e Ulisses Cappelletti);
  • Haiti (de Gilberto Gil e Caetano Veloso);
  • Hoje é Dia de Festa (de Jorge Ben Jor);
  • Fadas (de Luiz Melodia);
  • Dura na Queda (de Chico Buarque);
  • e Eu Vou Ficar Aqui (Arnaldo Antunes

Além de uma composição de Elza em parceria com Letícia Sabatella, chamada A Cigarra, e do sucesso Façamos (Vamos Amar), versão de Carlos Rennó da canção de Cole Porter, Let ‘s Do It, que ela interpreta em dueto com Chico Buarque.

O álbum foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira.

Em 2003, Elza gravou a canção Espumas ao Vento (de Accioly Neto), para a trilha do filme Lisbela e o Prisioneiro, de Guel Arraes.

Nos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, Elza Soares interpretou o Hino Nacional Brasileiro, no início da cerimônia de abertura do evento, no Maracanã.

A partir de 2008, a cineasta e jornalista Elizabete Martins Campos começou a pesquisar a vida e a obra da cantora e roteirizou, dirigiu e produziu o premiado longa-metragem My Name is Now, Elza Soares.

Em 2010, Elza gravou a faixa Brasil, no disco de tributo a Cazuza: Treze parcerias com Cazuza.

Também em 2010, pela primeira vez a artista comandou e puxou um trio elétrico no circuito Barra-Ondina, em Salvador. O trio levou o nome de A Elza Pede Passagem, arrastando uma grande multidão. Elza também já atuou como puxadora de samba-enredo, passando pelas escolas Salgueiro e Mocidade

Em 2014, Elza estreou o show A Voz e a Máquina, tendo como base a música eletrônica e acompanhada no palco apenas pelos DJs Ricardo Muralha, Bruno Queiroz e Guilherme Marques.

A Mulher do Fim do Mundo

Em 2015, no auge de seus 85 anos, veio outro sucesso arrebatador da carreira de Elza Soares: o primeiro álbum em sua carreira só com músicas inéditas, compostas especialmente para ela: A Mulher do Fim do Mundo. A cantora, mais uma vez, renasceu como uma fênix.

O disco traz uma mistura de gêneros musicais como samba, rock, rap e música eletrônica, em onze canções compostas por um grupo de artistas independentes da cena cultural paulistana contemporânea. Entre elas:

  • Maria da Vila Matilde (de Douglas Germano);
  • Mulher do Fim do Mundo (de Rômulo Fróes e Alice Coutinho);
  • Luz Vermelha (de Kiko Dinucci e Clima);
  • e Pra Fuder (de Kiko Dinucci).

Trazendo temas atuais como a violência doméstica, o sofrimento urbano, a morte, a transexualidade e a negritude, as canções têm um peso certeiro nas palavras e na batida, ao mostrarem as realidades conflitantes existentes no Brasil.

Foi neste disco, mais especificamente na faixa Maria da Vila Matilde, que Elza finalmente conseguiu exorcizar a dor de ter sido vítima de violência doméstica. A canção rapidamente tornou-se um hino no movimento feminista e, sempre que a interpretava em shows e programas de TV, Elza convocava as vítimas a denunciarem seus agressores. 

Aclamado pela crítica nacional e internacional, o álbum ganhou o Grammy Latino do ano seguinte, na categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira.

O Pitchfork, um dos sites de música mais importantes do mundo, o elegeu como melhor novo álbum e no artigo, diz que Elza “desenvolveu uma das vozes mais distintas da MPB”.

Elza Soares |Foto: Marcos Hermes/Divulgação

Deus é Mulher

Em 2018, Elza Soares lançou outra obra-prima: o disco Deus É Mulher, na mesma pegada do disco anterior, misturando música eletrônica com rap e samba e trazendo letras fortes, com destaque para as faixas:

  • O Que Se Cala (de Douglas Germano);
  • Banho (de Tulipa Ruiz);
  • Exu nas Escola (de Kiko Dinucci e Edgar);
  • Deus Há De Ser (de Pedro Luiz);
  • e Dentro de Cada Um (de Luciana Mello e Pedro Loureiro).

Também em 2018 estreia o espetáculo Elza Soares – O Musical, que conta a história de Elza por meio de sete diferentes atrizes e cantoras que a interpretam ao longo de toda a sua vida e carreira.

Em 2019, Elza ainda lançou o disco já citado Planeta Fome e, em 2020, foi enredo da Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel, com Elza Deusa Soares, conquistando a terceira colocação.

E, em 2021, a cantora ainda lançou um álbum em parceria com o violonista, cantor, compositor, arranjador e produtor musical João De Aquino.

O falecimento de uma estrela

Elza faleceu no dia 20 de janeiro de 2022, aos 91 anos, de causas naturais, deixando o Brasil órfão de seu talento.

Neste mesmo ano, foi lançado o disco póstumo Elza ao Vivo no Municipal, que tinha sido gravado nos dias 17 e 18 de janeiro, no Theatro Municipal de São Paulo, com os maiores sucessos da sua carreira.

Em uma de suas últimas entrevistas, Elza Soares disse que se não fosse a música, não estaria viva até hoje. Que a música é uma anestesia natural. 

Playlist Elza Soares: 40 sucessos de sua carreira

Para homenagear Elza Soares neste dia especial, fizemos uma playlist especial com os 40 principais sucessos da artista, listados em ordem cronológica de quando foram lançados.

Então, se você seguir a playlist na sequência, fará uma viagem pela vida e pela obra de Elza (aliás, você já escutou o Acervo MPB Elza Soares, uma áudio-biografia exclusiva Novabrasil, que narra detalhes sobre a vida e a obra dessa gigante da nossa nossa música?).

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