Líder do PT já planeja disputar Senado do Paraná se Moro for cassado

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Líder do PT na Câmara dos Deputados, Zeca Dirceu (PR) disse ao Painel estar “super animado” com a possibilidade de lançar uma candidatura ao Senado após a possível cassação de Sergio Moro (União Brasil-PR).

Segundo o deputado federal, o desfecho negativo do processo para o ex-juiz é tido como uma certeza no Paraná, com a perspectiva de que a Justiça determine a realização de uma nova eleição para o cargo.

O PT apresentou pedido de cassação de Moro por abuso de poder econômico, caixa dois, uso indevido dos meios de comunicação e irregularidades em contratos, que a Justiça decidiu juntar a outro pedido feito pelo PL.

“Ainda é cedo, mas já tem muita gente cogitando isso [sua candidatura ao Senado], só me entusiasma”, afirma ele, que é filho do ex-ministro José Dirceu.

Outro nome cotado para a vaga é o de Gleisi Hoffmann, presidente do partido, como mostrou o jornal o Globo.

“A mim ela nunca informou isso, nas reuniões do partido também não foi feita essa discussão. Mas obviamente é legítimo que outras lideranças queiram disputar. Nos damos muito bem, jamais haverá briga, sempre no diálogo, acordo e entendimento”, conclui Dirceu.

As ações contra Moro miram principalmente os gastos feitos por ele no seu período de pré-campanha, quando ele ainda ensaiava uma candidatura ao Palácio do Planalto e era filiado ao Podemos.

Moro se filiou ao partido em 2021 de olho na disputa presidencial. Mas, perto do prazo final para trocas partidárias, em 2022, abandonou o Podemos, anunciando filiação à União Brasil. Na nova legenda, ele não conseguiu espaço para manter uma candidatura à Presidência.

Agora, os partidos opositores apontam que os gastos de pré-campanha, voltados inicialmente ao Planalto, se tornaram “desproporcionais” e “suprimiram as chances dos demais concorrentes” ao Senado no Paraná.

O senador disse em diversas ocasiões que sabe da lisura de sua campanha, que não existem irregularidades e que estão tentando tirá-lo do cargo “no tapetão”.

GUILHERME SETO E FÁBIO ZANINI / Folhapress

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