SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu em estabilidade nesta segunda-feira (26) após ter registrado mais uma semana de queda, afetado tanto pelo diferencial de juros entre o Brasil e os Estados Unidos quanto pelas projeções otimistas para a economia brasileira.
Nesta semana, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15), que pode dar mais pistas sobre a dinâmica da inflação nos próximos meses. A divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e o encontro do CMN (Conselho Monetário Nacional) também estão no radar.
Às 9h14 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,06%, a R$ 4,7802 na venda. Na B3, às 9h14 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,23%, a R$ 4,7835.
Na sexta (23), dólar teve leve alta apoiado por sinais ainda duros de bancos centrais globais no combate a inflação, com investidores considerando a possibilidade de novas altas de juros nos Estados Unidos neste ano. A moeda americana subiu 0,12% e terminou o dia cotada a R$ 4,777.
Apesar da alta, o dólar voltou a fechar a semana com desvalorização, caindo 0,9% desde a última sexta (16).
Já a Bolsa brasileira começou o dia em queda, mas fechou praticamente estável nesta sexta, a 118.977 pontos. Na semana, o Ibovespa acumula ganho de 0,78%.
Na semana passada, o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Jerome Powell, indicou em depoimento no Congresso americano que ainda há espaço para aumentos adicionais nos juros dos EUA neste ano.
Além disso, o Banco da Inglaterra aumentou as taxas de juros do país em 0,50 ponto percentual na quinta (22), numa alta maior do que o mercado previa, uma semana depois de o BCE (Banco Central Europeu) também ter promovido um aperto monetário.
Num cenário de aversão ao risco, o dólar registrou alta em relação a outras moedas fortes no exterior. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana ante essas divisas, subiu 0,48%.
No exterior, a aversão ao risco derrubou os índices de ações americanos. O Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq caíram 0,65%, 0,77% e 1,01%, respectivamente.
Redação / Folhapress