Um enfermeiro se envolveu em uma confusão durante protesto ocorrido no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos. O profissional levou um soco no rosto e teve o maxilar lesionado enquanto a manifestação ocorria. O protesto da categoria é por uma reivindicação do pagamento do piso salarial aos profissionais.
Segundo informações, os trabalhadores estavam em passeata pela Avenida Siqueira Campos, no Boqueirão, na quarta-feira (28), com cartazes e pedindo pela correção salarial. Contudo um motorista apareceu, desceu do veículo e partiu para cima de um dos manifestantes, o acertando com um soco no rosto.
A defesa do suspeito de agressão informou que ele agiu em legítima defesa. De acordo com os advogados explicaram à reportagem que o cliente ficou preso no trânsito por dez minutos devido à manifestação e teve o pedido de liberação da via ignorado pelos enfermeiros.
Diante da situação, de acordo com a defesa, o homem ficou nervoso. Os advogados contaram que ele estava no carro com a esposa grávida de nove semanas e que buscaria a filha de 2 anos na creche.
No momento da discussão, segundo a versão sustentada pelo homem, alguém o teria chutado pelas costas e, ao se defender, teria sido agredido por um grupo de manifestantes.
A defesa do suspeito de agressão afirma que qualquer conclusão que não seja legítima defesa e preocupação com a saúde e bem-estar da esposa são inverdades.
A THMais procurou a Polícia Militar e a Secretaria de Estado da Saúde para dar mais detalhes sobre o caso. A pasta informou, por meio de nota, que as unidades não foram afetadas pela paralisação dos enfermeiros, seguindo suas atividades normalmente e sem prejuízos aos pacientes.
Ainda segundo a pasta, o monitoramento da paralisação está em andamento, está em constante discussão com o sindicato e se mantém à disposição para quaisquer esclarecimentos.
Em relação ao caso do enfermeiro agredido, ele foi atendido pela unidade e, após avaliação médica sem constatação de fraturas, recebeu alta hospitalar.
Já a Polícia Militar informou que cerca de 40 pessoas estavam participando da manifestação, fechando a Avenida Siqueira Campos. A equipe acompanhou o ato e sugeriu liberar a via, quando o motorista apareceu e entrou em luta corporal com o manifestante. Os policiais conseguiram encerrar a briga.