Afegãos que estão no aeroporto de Guarulhos irão para hotéis, diz governo

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O ministro da Justiça, Flávio Dino, informou que os afegãos que estão no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, poderão ser acolhidos em hotéis.

A ação será provisória, enquanto o governo federal busca uma solução definitiva para a questão, segundo o ministro. Detalhes sobre a ação, para que hotéis vão, por quanto tempo serão abrigadas nesses locais, ainda não foram divulgadas. O UOL tenta contato com o ministério da Justiça.

Ao menos 121 refugiados afegãos estão no aeroporto, segundo a última contagem, realizada na quarta-feira (29).

Guarulhos possui atualmente 177 vagas para acolhimento de migrantes e refugiados, sendo 127 geridas pela prefeitura e 50 pelo governo do Estado. No entanto, todas estão ocupadas, segundo a administração municipal.

“A nossa preocupação é garantir condições adequadas para o enfrentamento desta crise. Nós definimos uma ação emergencial do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Essas pessoas vão ter a possiblidade de ser adequadamente acolhidas em hotéis, não só em Guarulhos, mas em outras cidades, até que se estruture uma política definitiva para dar conta desse grave problema”, disse o Ministro Flávio Dino

No acampamento improvisado, ao menos 20 refugiados afegãos foram diagnosticados com escabiose, mais conhecida como sarna humana. A informação é do Coletivo Frente Afegã, que vem acompanhando a situação.

A sarna humana é causada pelo ácaro parasita Sarcoptes scabiei, que pode ser transmitido pelo contato com uma pessoa infectada ou por meio de roupas contaminadas. A prefeitura de Guarulhos informou que distribuiu medicamentos orais para tratamento.

Pomadas ou sabonetes com formulações que sejam capazes de eliminar o ácaro e os ovos do ácaro, além de outras medidas de higiene, são essenciais para o tratamento e prevenção.

Mas, no caso do aeroporto, os refugiados estão com acesso limitado a banheiros, fazendo com que muitas pessoas fiquem dias sem tomar banho.

Redação / Folhapress

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