Aniversário de Marisa Monte; relembre seus maiores sucessos

Hoje, uma das maiores musas da música popular brasileira, Marisa Monte, completa 56 anos de vida!

Mesmo com a sua pouca idade para tal feito, a cantora, compositora, multi-instrumentista  e produtora musical tem mais de 35 anos de carreira e já é influência e referência de uma geração de cantoras que vieram depois dela.

Com sua afinação precisa, voz divinal, poderosa e sofisticada – e ao mesmo tempo suave e sensível – e seu apurado conhecimento musical e criatividade,  a cantora carioca já vendeu mais de 10 milhões de discos e ganhou prêmios importantes, incluindo cinco Grammy Latinos

Marisa é considerada pela revista Rolling Stone americana como a quarta maior cantora brasileira, atrás somente dos ícones Elis Regina, Gal Costa e Maria Bethânia.

E para homenagear a aniversariante de hoje, preparamos uma matéria especial sobre a vida e a obra de Marisa Monte.

Maria Monte é considerada pela revista Rolling Stone americana como a quarta maior cantora brasileira | Foto: Leo Aversa/marisamonte.com.br

Marisa Monte

O início de tudo

Nascida no Rio de Janeiro, em 1967, Marisa estudou canto, piano e bateria desde a infância. Já menina, escutava muita música brasileira: amava Carmen Miranda, mas também era fã de Maria Callas e Billie Holiday.

Em 1982, com apenas 15 anos e ainda na escola, a artista participou do musical The Rocky Horror Show, de Miguel Falabella. Nesta época, já focava os seus estudos no canto lírico.

Um ano depois, Marisa Monte recusou um convite do músico e produtor Roberto Menescal – um dos fundadores da Bossa Nova, lá nos anos 60 – para gravar seu primeiro disco, pois ainda não sentia-se preparada.

Aos 18 anos, em 1985, a cantora gravou a sua primeira música em estúdio, para o filme brasileiro Tropclip. A canção era Sábado à Noite, de Sérgio Sá, e marca a estreia de Marisa no cenário musical.

Viagem à Roma 

Aos 19 anos, Marisa Monte largou os estudos na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro e passou dez meses em Roma, estudando canto e a técnica da ópera italiana. Na Itália, se apresentou em alguns bares e o produtor Nelson Motta ficou encantado ao assistir a uma dessas apresentações, Motta decidiu então dirigir o show de retorno de Marisa ao Brasil: Veludo Azul, em 1987.

O show foi um sucesso de público e crítica e Marisa Monte – mesmo ainda sem ter gravado nenhum disco – foi tornando-se cada vez mais conhecida ao longo do ano de 1988, aparecendo em programas televisivos, jornais e revistas e despertando o interesse de gravadoras.

O primeiro álbum de Marisa Monte, já ao vivo!

Foi aí que a cantora – nova sensação da cena musical brasileira – admirada tanto pelos jovens fãs de rock, como pelos mais maduros, que apreciavam o jazz e a MPB, foi convidada para gravar um especial pela TV Manchete, que depois se transformou no seu primeiro disco, lançado também em VHS: MM, ou Marisa Monte, em 1989. 

O fato de o disco ter sido gravado ao vivo (só uma faixa foi gravada em estúdio) foi algo raro para um álbum de estreia na época. Isso porque as gravações em estúdio poupavam o artista de falhas técnicas, o que mostra a grande competência vocal e musical de Marisa.

O álbum de estreia de Marisa Monte une clássicos de diferentes vertentes da música popular brasileira a canções estrangeiras, e conta com canções como o primeiro grande sucesso na voz da cantora e única música inédita do disco: Bem Que Se Quis, versão de Nelson Motta para a canção E Po’ Che Fa, do compositor italiano Pino Daniele.  

Também estão no álbum outros clássicos na voz da cantora:

  • a canção Chocolate (de Tim Maia), na qual Marisa introduziu alguns versos;
  • uma releitura de O Xote das Meninas (de Luiz Gonzaga);
  • Comida (dos Titãs);
  • Ando Meio Desligado (de Os Mutantes);
  • Preciso Me Encontrar (de Candeia);
  • Negro Gato (de Getúlio Cortes);
  • Lenda das Sereias, Rainha do Mar (de Dionel, Vicente Mattos e Arlindo Velloso).

Entre as canções estrangeiras, está também I Heard It Through The Grapevine (de Norman Whitfield e Barrett Strong), sucesso na voz de Marvin Gaye.

O álbum consagrou a popularidade de Marisa Monte junto ao grande público e também  ressaltou sua versatilidade –  devido à diversidade de ritmos e compositores presentes no eclético disco, que misturava samba, jazz, black music, blues, soul, rock e bossa nova.

Foi um dos discos mais vendidos do ano – vendeu mais de um milhão de cópias – e rendeu à Marisa turnê nacional e internacional. O álbum ocupa o 62º lugar na lista dos 100 Maiores Discos da Música Popular Brasileira, feita pela revista Rolling Stone Brasil.

Mais e a Marisa compositora

Em 1991, Marisa Monte lançou seu segundo álbum, Mais, o primeiro com músicas autorais – mostrando o lado compositora da cantora e reforçando seu estilo próprio. Conta também com compositores de sua geração – como Nando Reis e Arnaldo Antunes, grandes parceiros de Marisa, que a princípio era muito fã dos Titãs. Marisa foi a primeira artista a gravar uma música de Nando.

Com canções inéditas e versões, Mais foi ainda mais vendido que o disco anterior e tornou a cantora conhecida mundialmente.

Entre as faixas, os sucessos:

  • Beija Eu (de Arnaldo Antunes, Marisa Monte – primeira de muitas parcerias dos doi – e Arto Lindsay,(músico que produziu quatro discos da cantora);
  • Ainda Lembro (de Marisa e Nando Reis, com participação de Ed Motta);
  • De Noite na Cama (de Caetano Veloso);
  • Rosa (de Pixinguinha e Otávio Costa);
  • Ensaboa (de Cartola, e na qual que Marisa introduziu trechos de Lamento da Lavadeira, de Monsueto, de Eu Sou Negão, de Gerônimo Santana e de A Felicidade, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes);
  • Diariamente (de Nando Reis);
  • Borboleta (uma versão musicada de um poema do folclore nordestino);
  • e o pop Eu Sei (Na Mira), da própria Marisa.

Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão

Em 1994, a artista lançou o seu terceiro álbum: Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão, em que também atua como co-produtora. Muito bem recebido por crítica e público, é  considerado por muitos como o melhor disco da carreira da cantora. Vendeu mais de um milhão de cópias e foi o disco mais vendido do ano. Ocupa a posição 87 na lista dos 100 Maiores Discos da Música Popular Brasileira, feita pela revista Rolling Stone Brasil.

Entre os sucessos do disco estão as clássicas e inéditas:

  • Segue o Seco e Maria de Verdade (de Carlinhos Brown);
  • Ao Meu Redor (de Nando Reis);
  • Na Estrada (de Marisa, Nando e Brown);
  • De Mais Ninguém (de Marisa e Arnaldo Antunes);
  • e Enquanto Isso e O Céu (de Marisa e Nando).

Além da regravação de:

  • Balança Pema ( de Jorge Ben Jor, que conta com a participação de Gilberto Gil nos violões);
  • Dança da Solidão (de Paulinho da Viola);
  • e Alta Noite (de Arnaldo Antunes).

A Velha Guarda da Portela, com quem Marisa tem uma relação profunda desde a infância (seu pai foi diretor da Escola até 1975), participa da faixa Esta Melodia (de Jamelão e Bubu da Portela). O disco também conta com a percussão luxuosa de Naná Vasconcelos em algumas faixas.

O título do álbum, vem de uma frase da canção Seo Zé (de Marisa, Arnaldo e Brown) e fala da riqueza e da diversidade Brasil, que não é só verde, azul e amarelo (as florestas, os mares e o ouro), mas também composto de gente, de um povo miscigenado e potente (Cor de Rosa e Carvão).

É um disco que se refere à presença humana na música, como diz Marisa.

O videoclipe de Segue o Seco é emblemático e tornou-se um clássico do audiovisual nacional, ao retratar a seca nordestina.

Barulhinho Bom – Uma Viagem Musical

Em 1996, foi a vez do primeiro álbum duplo de Marisa: Barulhinho Bom – Uma Viagem Musical. A primeira parte do disco foi gravada ao vivo, em um show da turnê de Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão, e a segunda parte foi gravada em estúdio.

Fazem parte do disco, além de sucessos já consagrados na voz da cantora, as inéditas: Arrepio e Magamalabares, de Carlinhos Brown.

Também conta com gravações das canções:

  • Tempos Modernos (de Lulu Santos);
  • Chuva no Brejo (de Moraes Moreira, com trecho que dá origem ao nome do disco);
  • Panis Et Circense (de Caetano Veloso e Gilberto Gil);
  • Give Me Love (Give Me Peace On Earth), (do beatle George Harrison);
  • Bem Leve (de Marisa e Arnaldo);
  • A Menina Dança, (de Moraes Moreira e Galvão, canção que Marisa canta com a participação oficial dos Novos Baianos, no DVD deste mesmo disco);
  • e Cérebro Eletrônico (de Gilberto Gil).

O álbum também esteve na primeira posição na lista dos discos mais vendidos do Brasil, se tornando o quarto álbum consecutivo da cantora a alcançar essa posição na tabela. Esse trabalho também marcou uma aproximação maior de Marisa Monte com diversas escolas e gerações do samba carioca. 

 Independência musical e trabalho como produtora

No mesmo ano, Marisa abriu sua editora a Monte Songs Edições Musicais Ltda e, em 1998, conquistou sua independência musical ao comprar todas as fitas matrizes de suas músicas, desde seu álbum de estreia até Barulhinho Bom. Além disso, abriu seu próprio selo, a Phonomotor Records.

Ainda em 1998, atuou como produtora no disco de Carlinhos Brown, Omelete Man e em uma das faixas –  É Doce Morrer No Mardo disco Café Atlântico, da cantora de Cabo Verde, Cesária Évora. Em 1999, produziu o disco Tudo Azul, da Velha Guarda da Portela.

Memórias, Crônicas e Declarações de Amor

Em 2000, Marisa Monte lançou o álbum Memórias, Crônicas e Declarações de Amor, aclamado pelo público e pela crítica e que tem como tema central o amor.

Com ele, a artista ganhou disco de diamante, atingindo mais de dois milhões de cópias vendidas e fez uma turnê mundial, que durou o ano inteiro. É o quinto álbum consecutivo da artista a ocupar o primeiro lugar na parada musical e também o disco mais vendido de Marisa.

O álbum conta com a canção mais tocada e premiada do ano, Amor I Love You, composta por Marisa e Carlinhos Brown (e com participação de Arnaldo Antunes declamando um trecho de O Primo Basílio, de Eça de Queirós), mostrando a total sintonia entre o trio desde sempre. 

O  disco também conta com as canções inéditas:

  • Tema de Amor (de Marisa e Brown);
  • Não Vá Embora (de Marisa e Arnaldo);
  • Não É Fácil e Água Também É Mar (dos três em conjunto);
  • Perdão Você (de Brown e Alain Tavares);
  • e Abololô (de Marisa com Lucas Santtana).

Além de regravações como:

  • O Que Me Importa (de José de Ribamar Cury Heluy);
  • Cinco Minutos (de Jorge Ben Jor);
  • Sou Seu Sabiá (de Caetano Veloso);
  • Gotas de Luar (de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito);
  • e Para Ver As Meninas (de Paulinho da Viola).

Também está no disco a canção Gentileza, que Marisa compôs em homenagem ao Profeta Gentileza, cujas inscrições no Viaduto do Caju, no Rio de Janeiro, haviam sofrido vandalismo e estavam ameaçadas pela prefeitura da cidade. Marisa  Monte, que sempre gostou de ver as inscrições de Gentileza, entrou em contato com uma ONG e conseguiu preservá-las.

Com este disco, Marisa venceu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo e a música Amor I Love You concorreu na categoria Melhor Canção Brasileira.

O DVD com o show do álbum também foi um sucesso e contou com:

  • a inédita A Sua, (canção composta por Marisa);
  • a clássica Eu Te Amo, Eu Te Amo, Eu Te Amo (de Roberto e Erasmo Carlos);
  • Paradeiro (de Marisa, Arnaldo e Brown);
  • e Ontem ao Luar (de Catulo da Paixão Cearense e Pedro Alcântara).

Os Tribalistas 

Em 2002, Marisa Monte juntou-se a seus parceiros e amigos de longa data – Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes – para formar os Tribalistas. Os músicos ficaram juntos por uma semana, quando Marisa foi gravar uma participação em um disco de Arnaldo, produzido por Brown.

Desse encontro foram surgindo várias composições, que – inicialmente – não tinham a intenção de se tornarem um disco.

O álbum do trio foi um sucesso tremendo de crítica e público,  alcançando a marca de mais de dois milhões de cópias no Brasil e mais de um milhão no resto do mundo, sendo um sucesso também internacional.

Os Tribalistas ganharam o Grammy Latino de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro e foram indicados nas categorias Álbum do Ano e Gravação do Ano e Melhor Canção Brasileira, para Já Sei Namorar.

Todas as músicas do disco foram um sucesso e, entre os maiores hits, estão:

  • Já Sei Namorar;
  • Carnavália;
  • Tribalistas;
  • Velha Infância (que também conta com Davi Moraes e Pedro Baby na composição);
  • e Passe em Casa (que também tem Margareth Menezes na composição e nos vocais).

Neste mesmo ano, a paixão pela Portela – Escola de Samba do Coração de Marisa – resultou em mais dois discos produzidos por ela: Argemiro Patrocínio e Seu Jair do Cavaquinho.

Arnaldo, Marisa e Brown, Os Tribalistas | Foto: Divulgação/marisamonte.com.br

Infinito Particular e Universo Ao Meu Redor

Seis anos após seu último disco solo, Marisa Monte voltou ao cenário musical no primeiro semestre de 2006, ao lançar – simultaneamente – dois discos com propostas bem distintas: Infinito Particular e Universo Ao Meu Redor.

Com uma pegada mais pop, Infinito Particular é o primeiro disco totalmente autoral da cantora: todas as músicas foram escritas por Marisa, em parceria com outros compositores.

Mais uma vez, tornando-se algo recorrente de todos os seus lançamentos, o álbum de Marisa Monte esteve na primeira posição dos discos mais vendidos no Brasil.

Entre as principais canções estão:

  • Infinito Particular (de Marisa, Arnaldo e Brown);
  • Vilarejo (do trio com Pedro Baby);
  • Até Parece (do trio com Dadi);
  • Pra Ser Sincero (de Marisa e Brown);
  • e Aconteceu (de Marisa com Arnaldo).

O álbum também conta com parcerias com Adriana Calcanhoto, Seu Jorge e Marcelo Yuka.

O disco foi indicado ao Grammy de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro.

Universo ao Meu Redor traz uma profunda pesquisa do samba e da atmosfera do samba carioca, paixão da cantora. Marisa realizou entrevistas para resgatar sambas antigos e suas referências criativas, buscando a gênese do samba feito por nomes como:

  • Dona Ivone Lara;
  • Argemiro Patrocínio;
  • Jaime Silva;
  • Casemiro Vieira;
  • Moraes Moreira;
  • e Galvão.

Somou-se a isso a produção contemporânea de sambas feitos por Adriana Calcanhoto, Paulinho da Viola, Marisa, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes, trazendo temas como o amor, a natureza, a condição humana e a arte.

Entre as faixas:

  • Universo ao Meu Redor e O Bonde do Dom (ambas de Marisa, Brown e Arnaldo);
  • Pra Mais Ninguém (Paulinho da Viola);
  • Perdoa Meu Amor (Casemiro Vieira);
  • Vai Saber? (Adriana Calcanhoto);
  • e Pétalas Esquecidas (Dona Ivone Lara e Teresa Batista).

David Byrne e Fernandinho Beat Box participam da faixa State of Liberty. O disco ganhou o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Samba e a música Bonde do Dom foi indicada como Melhor Canção Brasileira.

Para promover o lançamento dos dois álbuns, Marisa – que também é produtora dos discos – embarcou na turnê mundial Universo Particular Tour 2006/2007, que rendeu o CD e DVD Infinito ao Meu Redor.

O DVD conta também com os sucessos Não É Proibido (de Marisa, Dadi e Seu Jorge, indicada ao Grammy Latino de Melhor Canção Brasileira) e Mais Uma Vez (composição solo da cantora).

Cada um dos dois discos vendeu 450 mil cópias, o que fez Marisa Monte ultrapassar a marca total de 10 milhões de discos vendidos no Brasil e se tornar uma das artistas que mais vendeu discos no país.

E Marisa não pára

O ano de 2008 marcou a estreia de Marisa Monte como produtora de cinema, no filme O Mistério do Samba, que retrata a história e o cotidiano dos integrantes da Velha Guarda da Portela e o trabalho de pesquisa de Marisa no resgate de composições quase esquecidas e que existiam apenas na tradição oral, já que os antigos não tinham o costume de registrá-las.

Em 2011, cinco anos depois dos seus dois últimos discos, Marisa produziu (ao lado de Dadi) e lançou o álbum O Que Você Quer Saber de Verdade, mais um que ficou no topo das paradas de vendas, mesmo já com o advento da internet. 

As faixas do álbum foram compostas com novos e antigos parceiros. Entre eles:

  • Brown e Arnaldo na faixa título e nas canções Verdade, Uma Ilusão e Depois;
  • Rodrigo Amarante em O Que Se Quer;
  • Dadi e Arnaldo Antunes em Amar Alguém;
  • Marcelo Jeneci, Betão, Chico Salem e Arnaldo Antunes em Hoje Eu Não Saio Não;
  • Carlinhos Brown em Aquela Velha Canção;
  • e Arnaldo Antunes em Era Óbvio e no grande sucesso Ainda Bem (que conta com a participação de músicos do Nação Zumbi).

O álbum gerou a tour mundial Verdade, Uma Ilusão, no ano seguinte, na qual Marisa cantou grandes sucessos – antigos e recentes – de sua carreira e se apresentou por mais de um ano, culminando na gravação de um CD e um DVD ao vivo, Verdade, Uma Ilusão Tour 2012/2013, lançados em 2014.

Como novidade, fazem parte desse álbum o sucesso Ilusão, versão de Marisa e Arnaldo Antunes para a canção Ilusión, da cantora mexicana Julieta Venegas e a canção ECT, que ficou famosa na voz de Cássia Eller, mas que é uma composição de Marisa, Nando Reis e Brown, cantada pela primeira vez pela cantora neste show.

O álbum venceu o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de MPB.

Mais Tribalistas, coletânea, mais Grammy e Portas

Em 2013, os Tribalistas lançaram o single – que não faz parte de nenhum disco – Joga Arroz, composição do trio em apoio ao casamento entre pessoas de mesmo sexo e sendo a canção tema da Campanha Nacional pelo Casamento Civil Igualitário.

Em 2016, foi lançada a primeira coletânea de Marisa, que sempre se mostrou avessa ao formato. 

A cantora quis fugir do óbvio de selecionar as suas canções mais conhecidas do público e incluiu canções pouco conhecidas e dispersas de sua carreira, que nunca haviam sido incluídas em seus discos até o momento, para que se tornassem conhecidas.

No disco há canções inéditas, que jamais haviam sido lançadas antes, e versões alternativas de músicas que Marisa já havia inserido em discos, além de canções que fizeram parte de trilhas sonoras de filmes

Segundo a cantora, a escolha do repertório constituiu um passeio por sua memória afetiva.

Entre as canções:

  • Nu Com a Minha Música (de Caetano Veloso);
  • É Doce Morrer no Mar (de Dorival Caymmi e Jorge Amado);
  • Carinhoso (de Pixinguinha e João de Barro);
  • Águas de Março (de Tom Jobim);
  • e Esqueça (versão de Roberto Corte Real para a música Forget Him, de Mark Anthony)

Além das composições da cantora com Brown e Arnaldo:

  • Cama (Uma Palavra);
  • e A Primeira Pedra;
  • e do dueto de Marisa com a cantora portuguesa Carminho na canção Chuva no Mar (composição de Marisa e Arnaldo).

Marisa Monte também esteve na trilha de diversas novelas desde o primeiro sucesso de sua carreira, até os dias atuais.

Também em 2016, o cantor Silva, revelação da MPB na época e fã de carteirinha de Marisa, gravou um disco inteiro em homenagem à cantora: Silva canta Marisa. Uma das canções do disco é uma parceria entre os dois artistas (e Lucas Silva) – Noturna (Nada de Novo na Noite) – e Marisa ainda participa da gravação da faixa.

A música recebeu indicação ao Grammy, como Melhor Canção em Língua Portuguesa.

Em 2017, 15 anos depois do primeiro encontro, Marisa Monte juntou-se novamente aos amigos Tribalistas, para lançar o segundo álbum do trio, com dez canções inéditas, disponibilizado em todas as plataformas digitais.

O lançamento foi feito em uma transmissão ao vivo e simultânea nos perfis do Facebook dos três artistas, vista por fãs do mundo inteiro. Entre os sucessos, os hits:

  • Aliança;
  • Diáspora;
  • Um Só;
  • e Fora da Memória.

Desta vez, o trio – que não havia realizado turnê com o primeiro disco e só havia subido junto ao palco em raríssimas apresentações – a pedido dos fãs, realizou uma turnê nacional e internacional de muito sucesso.

Os Tribalistas em turnê de 2019
Os Tribalistas em turnê de 2019. | Foto: Léo Aversa/Divulgação

Com os novos lançamentos, os Tribalistas optaram por ir além dos tradicionais formatos de discos e inauguraram uma plataforma musical em parceria com o Facebook e o Spotify, chamada Hand Album, uma espécie de encarte digital. A ferramenta — que traz letras, cifras, fotos, vídeos, músicas e a ficha técnica de cada faixa — foi feita com o intuito de dar um outro significado ao consumo de música digital. 

Como no primeiro encontro, o álbum contou com um DVD com cenas dos bastidores, making-off e diálogos durante as gravações das faixas presentes no CD.

Durante mais de 30 anos, Marisa produziu e acumulou uma grande quantidade de arquivos de áudio, audiovisual, fotografias, partituras, áudios de canções sendo compostas, dentre outros, o que foi fundamental para dar vida ao projeto Cinephonia, lançado em 2020.

São 30 canções que fizeram parte de trilhas sonoras dos registros audiovisuais de Marisa, mas que não estavam disponíveis em áudio streaming até então. 

Em 2021, Marisa Monte lançou o álbum Portas, primeiro de inéditas em 10 anos, com o qual rodou em turnê nacional e internacional. Produzido na Pandemia de Covid-19, o álbum conta com parcerias de Marisa com nomes como:

  • Dadi Carvalho;
  • Arnaldo Antunes;
  • Chico Brown (filho de Carlinhos Brown);
  • Pretinho da Serrinha;
  • Pedro Baby;
  • Nando Reis;
  • Silva;
  • Marcelo Camelo;
  • e Seu Jorge.

Quer saber mais sobre a vida e a obra da aniversariante de hoje? Acesse a audiobiografia da artista no nosso podcast Acervo MPB Marisa Monte, uma verdadeira enciclopédia da música brasileira, exclusiva da Novabrasil.

Viva, Marisa!

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