Conselhão abordará temas como cânabis, políticas de reparação e economia criativa

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável, mais conhecido como ‘Conselhão’, definiu 16 Grupos de Trabalho nos quais serão debatidas propostas que poderão ser incorporadas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os grupos de trabalho são: Periferias, Substâncias Psicoativas, Complexo Industrial da Saúde, Economia Criativa, Políticas de Reparação, Restauração de Áreas Degradadas, Determinantes Sociais da Saúde, Transição Energética, Produção do Futuro, Combate à Fome, Mobilidade Urbana, Amazônia, Economia Circular, Inclusão Produtiva, Crédito e Investimento e Primeira Infância.

Dentro desses grupos de trabalho serão debatidas pautas apresentadas pelos conselheiros.

O presidente Lula durante sessão inaugural do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social no Itamaraty Gabriela No grupo de Substâncias Psicoativas, por exemplo, proposto por Patrícia Villela Marino, presidente do Instituto Humanitas360, será discutida uma “política nacional de substâncias psicoativas”, passando pelos temas da promoção da saúde, do estímulo à atividade econômica e da melhoria da segurança pública.

Em proposta relacionada, a produção de medicamentos fitoterápicos, cultivo de cânabis e cânhamo será discutida no grupo Complexo Industrial da Saúde.

No grupo da Economia Criativa, Alê Youssef, que foi secretário municipal da Cultura em São Paulo, pretende discutir temas como o potencial econômico do setor de Cultura, com geração de renda, empregos e investimentos públicos e privados.

No grupo das Políticas de Reparação, Rosangela Aparecida Hilário, professora de Educação na Universidade Federal de Rondônia (Unir), apresentou a proposta de uma educação antirracista e antiLGBTfóbica, e Luana Génot, fundadora do Instituto Identidades do Brasil, propõe um debate sobre uma Campanha Nacional de Letramento Racial e Identidades.

Criado pelo mesmo Lula em 2003 e extinto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a instância servia como uma interlocução entre o governo e a sociedade civil para discutir medidas envolvendo o desenvolvimento do país.

Os integrantes do conselho, que incluem empresários, advogados, acadêmicos e sindicalistas, não são remunerados, e participam voluntariamente das discussões. O Conselhão também possui caráter consultivo, ou seja, as reuniões geram recomendações ao presidente, que pode ou não acatá-las.

GUILHERME SETO / Folhapress

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