RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Governo Lula quer transformar sistema de pagamentos bilateral do Mercosul em multilateral

PUERTO IGUAZÚ, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer ampliar o sistema do Mercosul que permite importações e exportações nas moedas locais e torná-lo multilateral. Hoje, o chamado Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML) funciona apenas bilateralmente entre os países membros do bloco.

A ideia é integrar os sistemas dos bancos centrais de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, segundo a secretária de assuntos internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito. Ela diz que essa será uma das prioridades do governo nos próximos seis meses em que o país assume a presidência do Mercosul.

“É uma das formas de ampliar a convergência macroeconômica”, disse ela a jornalistas após a reunião de ministros e bancos centrais do grupo, em Puerto Iguazú, na fronteira argentina das Cataratas do Iguaçu, nesta segunda-feira (3). Rosito evitou citar prazos, mas disse que é um objetivo a médio prazo, parte do longo caminho até uma moeda comum defendida por Lula.

De acordo com a economista, hoje apenas 1% a 4% dos comércios entre os quatro países é feito por meio desse sistema, que permite que pagamentos e recebimentos sejam efetuados diretamente em reais, sem a necessidade do dólar. Segundo o BC, ele facilita e reduz o custo das operações.

Roseti afirma que o comércio dentro do bloco está aquém do esperado e diminuiu na última década, enquanto o comércio com países de fora do Mercosul, como a China, aumentou, conforme estudo apresentado pelo comitê responsável na reunião dos ministérios.

A melhoria do sistema é uma aposta para que isso se reverta. Segundo ela, porém, ainda não foram discutidas questões legais de cada país.

JÚLIA BARBON / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS