SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Lideranças do MBL (Movimento Brasil Livre) e bolsonaristas de São Paulo que têm rejeição a Ricardo Nunes (MDB) começaram a conversar sobre a possibilidade de unirem forças contra o prefeito da capital em 2024.
Também participam das conversas os chamados deputados influenciadores, eleitos pela força que têm nas redes sociais, como Felipe Becari e Rafael Saraiva, ambos do União Brasil.
A ideia é que a chapa seja encabeçada por Kim Kataguiri (União Brasil), favorito na disputa com Guto Zacarias (União Brasil) nas prévias organizadas pelo MBL para definir seu candidato à Prefeitura de São Paulo no ano que vem. O resultado será revelado nesta segunda-feira (3).
Nesta segunda-feira (3), representantes dos grupos se encontraram para tratar do tema. O encontro teve a presença de Kataguiri, Saraiva e Ricardo Salles (PL), deputado federal que desistiu da pré-candidatura à prefeitura.
Ambas as partes reconheceram afinidade ideológica e confluência nas críticas a Nunes, mas surgiu como possível obstáculo o histórico de críticas do MBL a Jair Bolsonaro (PL). Além disso, os bolsonaristas destacaram que não querem participar do pleito divididos e vão buscar consenso em torno de uma candidatura.
O MBL animou-se com a candidatura após encontro com Milton Leite, presidente da Câmara Municipal de São Paulo e principal liderança do União Brasil em São Paulo. Na reunião, Leite, que é aliado de Nunes, disse que o movimento tem autorização para tentar viabilizar sua candidatura e que a sigla avaliará futuramente qual caminho irá tomar, seja pelo apoio ao prefeito, seja pela candidatura própria.
“Sou o primeiro parlamentar, fora do MBL, a exteriorizar o apoio, mas tenho convicção que não serei o único. São Paulo não pode ser entregue à derrota, tenho certeza que outros deputados estarão apoiando essa candidatura em breve. Apoio essa candidatura pelas minhas causas e por São Paulo. Confio na força do União Brasil e na decisão que o partido tomará”, diz Saraiva à coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
Guto Zacarias, que deve compor a equipe de campanha de Kim caso não vença as prévias, diz que é o momento de “uma direita propositiva e combativa” governar São Paulo.
GUILHERME SETO / Folhapress